jornal-campista-1-1536x688

Usina Paraíso: Campos 24H mostra situação do Parque Industrial e moagem em julho

Reportagem verifica Parque Industrial, na Baixada Campista, sendo calibrado para moer em torno de 300 mil a 400 mil toneladas de cana

Foto: Campos 24 Horas.

Postado por Fabiano Venancio – A Usina Paraíso, uma das mais tradicionais indústrias do ramo no Estado, voltará a moer este ano numa fase de testes entre julho e agosto para marcar o reinício de suas atividades, agora incorporada à Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro). No total estão sendo investidos cerca de R$ 50 milhões na Paraíso, sendo R$ 42 milhões no parque industrial e R$ 8 milhões no plantio. A retomada das atividades da usina impacta diretamente a economia de Campos. A reportagem do site Campos 24 Horas verificou esta semana que os trabalhos de ajustes no parque industrial seguem de forma acelerada para a moagem, com ação de engenheiros, técnicos, mecânicos, eletricistas, caldeireiros e soldadores, entre outros. No campo, o site verificou o preparo do solo para o plantio e a recuperação das estradas, além de cerca de 170 km de canais da região que já passaram por um processo de limpeza. O Campos 24 Horas também mostra nesta matéria especial como a Paraíso acabou  entrando em recuperação judicial em 2017. Dois anos depois, o grupo de Renato Abreu com a Coagro arrendou essa empresa. (leia mais abaixo)

 

A previsão é de que a unidade localizada no distrito de Tocos, na Baixada Campista, vá moer neste período inicial em torno de 300 mil a 400 mil toneladas de cana, com estimativas para que o volume seja duplicado e até triplicado para os próximos quatro anos de operação. O presidente da Coagro e vice-prefeito de Campos, Frederico Paes, realizou vários encontros com fornecedores de cana (Aqui) nos últimos meses para falar sobre a reforma e modernização da usina com vistas à moagem de 2023. (Leia mais abaixo)

 

No campo, as atividades caminham a todo vapor com o incremento da produção de cana na Baixada Campista, onde produtores são fornecedores tradicionais da usina, controlada pela família do industrial Geraldo Coutinho. Após o preparo do solo e o plantio, a manutenção de estradas vicinais e a movimentação de tratores, empilhadeiras, colheitadeiras e retroescavadeiras passaram a ocupar a cena dos canaviais na Baixada. (Leia mais abaixo)

 

Cerca de 170 km de canais da região já passaram por um processo de limpeza pela Asflucan (Associação Fluminense dos Plantadores de Cana), juntamente com a Secretaria Municipal de Agricultura. (Leia mais abaixo)

 

O prefeito Wladimir Garotinho  esteve em Tocos para anunciar obras no distrito, como asfaltamento das ruas, reforma da quadra esportiva e uma academia do idoso. Na ocasião, Wladimir enfatizou a importância da reativação da unidade industrial, ao lado do vice-prefeito e presidente da Coagro, Frederico Paes. “Vai gerar muito emprego, muita oportunidade e vai gerar renda aqui para os comerciantes porque o dinheiro vai estar circulando aqui dentro de novo”, disse Wladimir, comentando: “Esse inclusive foi o compromisso do meu vice prefeito Frederico”. (Leia mais abaixo)

 

CELERIDADE – Paralelamente, o trabalho de ajustes no parque industrial também segue em forma acelerada para a recepção, preparo e moagem da cana na usina, onde cerca de 100 operários se esmeram para entregar as máquinas num nível de calibragem suficiente para iniciar a moagem dentro do prazo previsto.  Em ação, engenheiros, técnicos, mecânicos, eletricistas, caldeireiros e soldadores, entre outros, aceleram os trabalhos na preparação de máquinas pesadas e equipamentos como caldeiras, mesa alimentadora, turbinas, exaustores, moenda, silos, secagem, centrifugação, tratamento, fermentação, cristalização e os setores de logística, almoxarifado. (Leia mais abaixo)

 

COMÉRCIO MAIS AQUECIDO – A movimentação de trabalhadores nesta fase se reinstalação da indústria já aquece o comércio de Tocos. No total estão sendo investidos cerca de R$ 50 milhões na Paraíso, sendo R$ 42 milhões no parque industrial e R$ 8 milhões no plantio. (Leia mais abaixo)

 

A injeção destes recursos para viabilizar uma outra nova unidade para produzir açúcar e etamol contou com a parceria do empresário Renato Abreu, presidente do Grupo MPE e da Agromon, que já havia entrado na parceria com a Coagro para a reativação da Usina Sapucaia. (Leia mais abaixo)

 

VOLTA DA SAPUCAIA – Em 2010, a Sapucaia entrou em recuperação judicial como outras indústrias em crise no setor. Tratava-se da maior usina de açúcar e álcool da região. O parque industrial da usina foi colocado em leilão pela Justiça. Em 2013, Abreu e um grupo de empresários arrematou o parque industrial da Sapucaia. Logo após, o grupo contratou a Coagro para operar essa indústria, quando foi feita uma grande reforma na empresa e, dois anos depois, na safra de 2015/2016, se efetivou a primeira moagem de cana. (Leia mais abaixo)

 

Antes, a Coagro, ainda sem a participação de Renato Abreu, mas com Frederico Paes e o apoio da Prefeitura, através de recursos financiados pelo Fundecam (Fundo de Desenvolvimento de Campos), a cooperativa reaberto a Usina São José, em Goitacazes. (Leia mais abaixo)

 

EFEITOS DA CRISE – A exemplo do que ocorrera com a Sapucaia, a Usina Paraíso também não ficou imune à crise que atingiu o setor, que aponta a falta de matéria-prima como o principal fator para o declínio do segmento, que já contou com 12 usinas na década de 1980. E assim a Paraíso acabou também entrando em recuperação judicial em 2017. Dois anos depois, o grupo de Renato Abreu com a Coagro também arrendou essa empresa, com o objetivo de ter uma usina do lado esquerdo do Rio Paraíba do Sul e outra do lado direito, a fim de aproveitar a produção de cana de ambas as regiões de Campos e outros municípios vizinhos como São João da Barra, Quissamã e Carapebus. (Leia mais abaixo)

 

Na primeira safra de Sapucaia, em 2015/2016, a indústria conseguiu moer 450 mil toneladas de cana numa unidade de um parque industrial com capacidade para moer até 2 milhões de toneladas. Ao longo dos anos seguintes houve um aumento de produção até que, no ano passado, chegou a moer perto de 1 milhão de toneladas. (Leia mais abaixo)

 

PLANOS AMBICIOSOS – A Usina Paraíso está parada desde 2018. Os planos de Frederico, Renato, juntamente com os 10 mil cooperados da Coagro é chegar a 2 milhões de toneladas na região com a Paraíso e a Sapucaia e uma meta, nos próximos quatro anos, o de processar 3 milhões de toneladas. (Leia mais abaixo)

 

O grupo começou a plantar cana-de-açúcar em áreas da própria usina Sapucaia. Houve a renovação dos canaviais que estavam abandonados e se chegou inicialmente a plantar cerca de 8 mil hectares, o que animou os outros pequenos produtores da região, mas atualmente o grupo já atingiu 18 mil hectares de plantação, incluindo os parceiros. Hoje, o mesmo grupo empresarial arrendou as terras do grupo Othon, entre São João da Barra e Campos.

Relacionados