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Inscrições abertas para projeto de leitura e escrita na Escola de Aprendizagem Inclusiva

O projeto visa receber crianças dos 9 aos 12 anos com dificuldades em ler e escrever

Foto: Divulgação.

Uma boa notícia para quem tem filhos com dificuldade na leitura e escrita. A Escola de Aprendizagem Inclusiva (EAI), em parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), está com inscrições abertas para o Projeto Letramento Literário e Alfabetização através da Literatura de autores campistas. Podem participar alunos da rede municipal de ensino de Campos. O projeto visa receber crianças dos 9 aos 12 anos com dificuldades em ler e escrever.(Leia mais abaixo)

Pais e responsáveis que desejarem matricular seus filhos devem ir até a EAI, localizada na Cidade da Criança Zilda Arns, no Parque Alzira Vargas, levando uma foto 3X4, certidão de nascimento, carteira de vacinação, documento de identidade do responsável e comprovante de matrícula em uma escola pública. As aulas vão acontecer toda segunda-feira, à princípio com quatro turmas, nos turnos da manhã e tarde.  E quem desejar participar como voluntário no projeto pode enviar um e-mail para [email protected] e manifestar o interesse, porém devem ser profissionais da área da Educação.(Leia mais abaixo)

Os professores da Uenf, Sérgio Arruda e Caroline Delgado, são os idealizadores do projeto. Caroline conta que as aulas são destinadas para crianças típicas e atípicas.(Leia mais abaixo)

“Quando se fala em inclusão se fala de todos, para todos, crianças típicas e atípicas, com necessidades específicas ou não. Quando se fala em educação, hoje, o que se pede é que cada vez mais tenhamos a consciência de que cada aluno é um ser à parte com as suas necessidades, tendo laudo ou não. Então, o nosso projeto surge diante dessa carência, dessas demandas, como um suporte, um apoio para a educação básica do nosso município. Nós temos hoje em Campos um número muito significativo de crianças, de adolescentes que foram muito afetadas pela pandemia no contexto escolar, e que não estão conseguindo ser alfabetizadas por uma série de questões, sociais, econômicas, psíquicas, então surgiu a necessidade”, disse Caroline.(Leia mais abaixo)

O projeto conta com a coordenação do professor Sérgio Arruda e ainda com seis profissionais da área da educação, dentre eles especialistas, mestres e doutores nas áreas de Cognição e Linguagem, Letras, Literatura, Educação Inclusiva, Autismo e Altas Habilidades. Também participa do trabalho um bolsista musicista, atuante na questão lúdica.(Leia mais abaixo)

Diretora da EAI, Eleonora Nascimento explica que inicialmente serão trabalhadas obras das escritoras campistas Sylvia Paes e Carmem Eugênia. Os livros trabalhados serão: Ururau da Lapa, Indiozinho Cratscá, Rainha Raya, Mana Chica e Conversa Fiada, pois além de retratarem a cultura local e a história, também trazem a variação linguística da nossa cidade.(Leia mais abaixo)

“A importância dessa parceria é muito valiosa sempre. A educação em movimento produz conhecimento de diversas formas e isso contribui para o processo de desenvolvimento do aluno, atendendo suas necessidades mais urgentes no que diz respeito à aprendizagem”, ressaltou Eleonora.(Leia mais abaixo)

Caroline complementa pontuando ainda a importância de as crianças conhecerem mais sobre sua cultura e o lugar onde vivem.(Leia mais abaixo)

“Nós acreditamos que é de extrema importância que os alunos se sintam pertencidos. Dessa forma quando você se depara com um aluno com  dificuldades de aprendizagem, seja na leitura ou na escrita, e ouve do professor contar  a história da comunidade, do seu local de nascimento, da igrejinha do seu bairro, como a lenda do Ururau da Lapa, como por exemplo, ele se sente pertencido, validado. Há muito a questão da autoestima. Os alunos com dificuldades de aprendizagem se sentem segregados, à margem e não incluídos. E quando damos protagonismo, quando contamos histórias da sua vivência, da sua cultura, o aluno se sente incluído. E nada melhor que prestigiar os autores da nossa terra”, finalizou Caroline.(Leia mais abaixo)

O professor e coordenador Sérgio Arruda explicou que o início do projeto foi realizado em uma escola estadual e, agora, surgiu a ideia de trabalhar em uma unidade municipal, como a EAI.(Leia mais abaixo)

“É um núcleo, um lugar onde tem já um projeto assentado de inclusão. E o que é a leitura inclusiva? É uma leitura que não seja alienante, é uma leitura de livros que falem mais de perto da realidade da criança, que é a sua cidade, o seu bairro, a sua cultura. Percebemos que em Campos tem uma produção de literatura infantil e juvenil que a gente pode usar. Então a gente valoriza a literatura local, os autores e a cultura, para crianças nesse estado de alfabetização ainda incipiente”, detalhou Sérgio.

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