Postado por Fabiano Venancio – A festa de confraternização se repete todos os anos, quando o radialista Eraldo Leite, da Super Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, recepciona amigos cronistas esportivos em sua casa de praia de Atafona, como ocorreu na última quinta-feira (28). O encontro reuniu a turma do rádio, jornal e sites de notícias que atua no esporte em Campos e Macaé para uma feijoada e uma peixada regada a cervejas e aperitivos. No cardápio, assuntos como o futebol e o rádio não poderiam ficar de fora. (Leia mais abaixo)
Instado a falar de sua trajetória no rádio, Eraldo rememorou os tempos de seus primeiros passos na profissão, na antiga Emissora Continental de Campos, que na época funcionava num prédio na Rua 21 de Abril. (Leia mais abaixo)
“Participávamos, eu e o Elso Venâncio, do programa estudantil do Fernandinho Gomes, com brincadeiras, entre elas a narração de jogos de futebol. Depois, soubemos que a Continental havia se interessado por nós. Eu nem acreditei, mas era verdade. Disseram que era para a gente passasse por lá a fim de fazer um teste com o Paulo Ourives. Ali foi onde tudo começou em 1975”, recorda Eraldo.(Leia mais abaixo)
Elso Venâncio, a exemplo de Eraldo, seguiu carreira em emissoras do Rio de Janeiro, depois de uma passagem pelo rádio de Volta Redonda. (Leia mais abaixo)
“Na Continental, Josélio Rocha era o narrador, os repórteres eram o Eraldo Bento e o Edel Freitas. Ronaldo Correa Machado era o comentarista”, lembra. O tio de Eraldo, o narrador Sérgio Tinoco, era da Rádio Cultura. A propósito, o já saudoso Tinoco, falecido no ano passado, foi quem mais o incentivou a seguir a carreira no rádio, desaconselhando-o a descartar a carreira de bancário. Eraldo havia passado num concurso no Banco do Brasil. (Leia mais abaixo)
Na Continental, assim como na Rádio Globo havia a dupla “Os Trepidantes”, formada por Denis Menezes e Washington Rodrigues, Eraldo e Elso passaram a ser denominados de “Os Tremendões”. Era a época do auge da Jovem Guarda, ambos usavam cabelos longos. A denominação caiu bem e fez sucesso à época. (Leia mais abaixo)
Tanto que, com Americano e Goytacaz já na disputa do Campeonato Carioca, num jogo em que o narrador esportivo José Carlos Araújo, o Garotinho, veio a Campos transmitir pela Rádio Nacional, ouviu e gostou do trabalho de Eraldo e logo o convidou para trabalhar no Rio, onde se consagrou como repórter e agora como comentarista. À época, a Nacional era uma emissora de grande audiência, que competia com a Globo e a Tupi. (Leia mais abaixo)
Depois da Nacional, Eraldo ingressou na Rádio Globo, depois Tupi, voltou para a Globo e retornou à Tupi, onde se encontra até hoje. Chegou a trabalhar também por breve período na TV Bandeirantes. Além de comentarista, comanda o programa Bola em Jogo, aos domingos, a partir do meio-dia. Além dos debates sobre futebol, o programa reserva espaço para outra grande manifestação popular do Brasil: o samba. (Leia mais abaixo)
Aliás, imperiano de carteirinha, o comentarista é também um apaixonado pelo ritmo, e pode ser visto em eventos e as melhores rodas de samba do Rio de Janeiro. (Leia mais abaixo)
“O rádio e o futebol são duas paixões que caminham juntas. Tenho orgulho da minha profissão, que exerço com a mesma empolgação de quando comecei na Rádio Continental de Campos”, afirmou Eraldo. (Leia mais abaixo)
Eraldo também rememorou os tempos em que frequentava os estádios em Campos ainda menino, levado pelo seu pai, o professor Hélio. “Lá em casa éramos todos Americano, por causa de tio Sérgio (Tinoco) que era goleiro do Americano. Papai só torcia pelo América, que foi campeão em 1960, mas depois que fomos a um clássico no Aryzão, ele passou a torcer pelo Goytacaz”, contou. (Leia mais abaixo)
Eraldo viu a “máquina” de jogar futebol do Americano nos anos 60/70. Indagado sobre quem seria o grande jogador na época, não titubeou. “Pra mim foi Geraldo Brás. Era aqui o que Zico foi no Flamengo. Driblava, tabelava, chamava para si a responsabilidade”, lembrou. Além de Geraldo, mencionou também Paulo Roberto, além de Chico Preto, Carlos Augusto, Chico Preto e Nilton Barreto, pelo Goytacaz. (Leia mais abaixo)
Eraldo Leite que é também hoje presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado do Rio de Janeiro (Acerj), anunciou que a entidade terá uma novidade no próximo ano. Pela primeira vez em sua história, deverá ter uma mulher na presidência: a jornalista Marta Esteves. (Leia mais abaixo)
Com 11 Copas do Mundo no currículo, Eraldo tem em Atafona o refúgio onde recarrega as energias todos os anos no período reservado ao “descanso merecido do guerreiro”. (Leia mais abaixo)
“Eraldo é desses campistas que, embora tenha alcançado a glória e a consagração como cronista esportivo num grande centro, nunca esqueceu ou renunciou as suas origens. Poderia nesta época estar em qualquer outro lugar do mundo, mas é ali na praia onde viveu parte de sua infância e guarda as melhores lembranças que elegeu como refúgio para descansar em suas férias, cercado das atenções e do carinho da esposa Suely, dos filhos, netos, seus amigos e colegas de profissão. É um renomado profissional, mas também uma bela figura humana”, disse o jornalista Paulo Renato Porto. (Leia mais abaixo)
Em seu blog, o comentarista Adilson Dutra frisou que o encontro promovido anualmente em Atafona já se tornou tradicional. (Leia mais abaixo)
“Eraldo sempre tem este prazer de receber seus companheiros de trabalho e amigos de longa data em sua casa de Atafona para um já tradicional bate-papo regado por uma boa cerveja e completado por uma boa feijoada preparada pela equipe da sua esposa, dona Sueli, e por uma peixada feita no capricho pelo Josafá, nosso companheiro de Macaé, acompanhado de amigos e companheiros da cidade praiana, o Mário Luiz e o Paulo. Eraldo sempre foi um grande anfitrião e mostrou um lado que desconhecia: a facilidade de dedilhar um violão, e a cancha de cantar velhos sambas de antigos compositores, acompanhado de seu genro no cavaquinho e pelos presentes no coro improvisado”. (Leia mais abaixo)
Ao encontro estiveram presentes o narrador Arnaldo Garcia, ex-delegado regional da Acerj; o chefe da equipe de esportes Craques da Bola, Evaldo Queirós; o comentarista Sidney Ribeiro; e o jornalista Matheus Berriel, da Folha da Manhã, assim como Mário Luiz, Paulo e Josafá Gomes, representantes da crônica esportiva de Macaé.