A Câmara Municipal de Campos aprovou nesta terça-feira (28) a prorrogação por mais 90 dias dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga suspeitas de irregularidades nas despesas com Saúde no governo passado (2017/2020). O único vereador que votou contra a extensão das investigações foi Abdu Neme (Avante), secretário de Saúde na gestão anterior. As investigações têm como alvo a aplicação de mais de R$ 800 milhões de orçamento da Saúde durante a pandemia no governo passado, período em que até UBS foram fechadas. (leia mais abaixo)
O líder do governo, Álvaro Oliveira (PSD), ressalva que a pandemia do novo coronavírus atrapalhou os trabalhos. “Convocamos vários servidores, mas em razão da pandemia não houve comparecimento”. (leia mais abaixo)
Marquinho Bacellar (SD) criticou o andamento da CPI. “Esta CPI não andou. Voto favorável, mas ela já perdeu o prazo regimental. Foram 200 dias de CPI sem produzir nada”. Álvaro alvejou Bacellar, revelando que o vereador do SD teve pedida a exclusão de seu nome nos trabalhos por faltar a sete reuniões. (leia mais abaixo)
Já os vereadores Rogério Matoso (DEM) e Helinho Nahim (PTC) avaliam que a prorrogação da CPI da Saúde atrapalha a instalação da CPI da concessionária Águas do Paraíba. (leia mais abaixo)
Criada no dia 09/03, a CPI teve prazo de 90 dias, prorrogável por mais 90. Os vereadores que propuseram a instalação da CPI levantam suspeitas quanto a aplicação de mais de R$ 800 milhões de orçamento da Saúde durante a pandemia, quando unidades básicas de saúde (UBS) foram fechadas. O governo passado também recebeu recursos federais por conta do combate à pandemia.