Com projeto inovador, colégio de Campos comemora prêmio nacional

Colégio Salesiano criou projeto inovador de inserção do aluno no mercado de trabalho

Foto: Campos 24 Horas.

Numa época em que o mundo do trabalho impõe novos métodos de preparação diante das exigências de novas competências e nível de excelência em face do nível de competição cada vez maior, a inserção do jovem no mercado de trabalho é, sem dúvida, um dos grandes desafios que a sociedade tem enfrentado nos dias atuais. Dentro desta realidade, com uma metodologia diferenciada, o Colégio Salesiano de Campos, do Instituto Dom Bosco, criou o projeto “Pioneirismo no Novo Ensino Médio — Aulas Práticas com Vivências Universitárias”, que se classificou para a final na 5ª edição do Prêmio Destaque Edudação, em outubro, onde alcançou o primeiro lugar na categoria Inovações Ensino Médio (setor privado), no Educa Week 2022, o maior evento sobre educação básica no Brasil. O diretor da instituição de ensino, professor e mestre Arthur Chrispino (foto acima), também foi premiado pela autoria do projeto juntamente com o supervisor de Ensino Médio, professor Gustavo Verçosa. Em entrevista ao site Campos 24 Horas, Arthur destacou o pioneirismo e a importância do projeto que busca inserir o jovem no ambiente universitário, a fim de facilitar a escolha de uma carreira.  (leia mais abaixo)

 

“O pioneirismo das aulas curriculares é o grande diferencial do nosso projeto. Não existe nada semelhante, onde se tenha as disciplinas, itinerários informativos, atividades curriculares acontecedo reconhecidamente dentro da universidade. Então tem dia e hora de aula e conteúdo, tudo sendo aplicado dentro desta composição. Ao promovermos o conhecimento das profissões em seu dia a dia com o aluno, se ele já está dentro da universidade com a mão na massa, ele já começa conhecer as profissões em função daquilo que vê todos os dias. Isso vai permitir clarear sua visão e possa ser mais assertivo em sua escolha para os próximos anos até chegar o seu momento do vestibular. Tenho certeza que o modelo que desenvolvemos possa ser muito bom para que outras instituições venham também utilizar”, analisou. (leia mais abaixo)

 

Arthur comenta que a situação sobre o ensino médio nesta direção do encaminhamento profissional foi colocada efetivamente em prática, através de uma lei em 2007, tornando obrigação que as escolas, já a partir da primeira série, criassem seu itinerários informativos. “Isto quer dizer que dentro dos quatro eixos disponibilizados pelo MEC elas precisam desenvolver uma linha dentro das profissões que fossem abordadas por estes segmentos”. (leia mais abaixo)

 

No entanto, continua Arthur Chrispino, desde a lei 9.394 de 1996, já era previsto que a chegada do jovem ao ensino médio estaria entre 15 e 17 anos. “Isto já é uma situação difícil porque nesta faixa etária o jovem ainda não fez a sua escolha profissional, juntando-se com o fato agravante dos dois anos que tivemos de pandemia, criando um afastamento deste mesmo jovem da escola”, afirmou ainda. (leia mais abaixo)

 

— De toda forma, o desafio foi lançado, tendo os jovens, entre 15 e 17 anos, que escolherem suas profissões assim que ingressassem no ensino médio. Um problema que eles enfrentam, segundo nosso entendimento: com a maturidade em formação, os jovens não tem conhecimento sobre as profissões, falta a eles a convivência com o mercado de trabalho no ensino superior e de uma uma forma geral. A grande maioria não definiu escolher sua profissão. Como ele não sabe, não consegue escolher. (leia mais abaixo)

 

Outro aspecto avaliado pelo professor Arthur Chrispino é quanto ao dilema e as incertezas para o primeiro passo do jovem ao escolher a profissão. “Há a questão da insegurança de fazer uma escolha errada, o que envolve não só os jovens, mas também suas famílias. Esses foram os principais problemas que nós identificamos ao lançar este projeto”, acrescentou. (leia mais abaixo)

 

A materialização do projeto não poderia deixar de incluir parcerias com universidades e outras instituições. “Dentro desta conjuntura fomos buscar a solução sobre como poderíamos facilitar este nível de conhecimento em curto período de tempo. Então, firmamos parcerias com instituições de ensino superior e começamos a promover o conhecimento da profissão com a mão na massa. A vivência universitária foi o grande lance que a gente entendeu como sendo o ponto de ligação. É o jovem vivendo uma experiência dentro da universidade, conforme preveem as parcerias”.   (leia mais abaixo)

 

Ainda de acordo com o professor Arthur, a ambientação com o meio universitário e a experiência prática são igualmente fundamentais para a sustentação do projeto. “Eles têm aulas curriculares dentro dos laboratórios e bibliotecas com os professores, assim como a vivência no ambiente universitário. A troca de experiência com os professores e os outros universitários aproxima a questão da ambientação e o estímulo a prestar o vestibular dentro do segmento que ele escolheu como seu itinerário informativo”, acrescentou. (leia mais abaixo)

 

Os resultados logo se comprovaram na prática. “Então, conseguimos dar solução a todo este processo e, com tudo isso formado e já acontecendo na prática, quais foram resultados obtidos? Houve maior engajamento e aprovação dos alunos no vestibular do ensino médio com um percentual bem significativo; a aplicação de metodologias ativas com resultados mais eficientes — só o fato de você tirar o jovem de dentro da escola para uma universidade já se consegue criar um modelo de metodologia ativa onde se consegue melhorar a eficiência do resultado do que se busca; e a aplicação de técnicas de neurociências, aplicando gatilhos para o aumento da concentração do aluno devido à maior demanda de conteúdo”. (leia mais abaixo)

 

Por fim, a novidade mais recente para a comunidade salesiana e o público em geral é a inclusão do projeto também nas últimas séries do ensino fundamental II no próximo ano.  (leia mais abaixo)

 

— Em 2023 vamos trazer esta relação de sucesso do projeto para as séries dos anos finais do ensino fundamental II, o que irá nos permitir trabalhar essa garotada de 12 até 15 anos, quando a grande maioria já estará entrando no ensino médio, e prepará-los sobre conhecimento das profissões dos segmentos que estamos abordando, algo que não tivemos como fazer este ano quando a gente implantou este projeto do ensino médio. Toda aquela introdução às experiências das profissões e o que significa vamos trazer também para o fundamental. (leia mais abaixo)

 

“Quando chegarem ao ensino médio eles já terão superado essa fase introdutória do conhecimento e vão poder escolher com muito mais propriedade o segmento que irão atuar. Esse é um novo projeto que o Salesiano planeja implantar no próximo ano para o pessoal do ensino fundamental”, finalizou o diretor do Colégio Salesiano.

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