Após alta, Lula lembra do susto, diz estar ‘bem’ e fala de volta ao trabalho e desafios

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja retornar em breve à rotina normal de trabalho em Brasília. O petista está afastado — ao menos fisicamente — do Palácio do Planalto desde a última semana. Ele foi submetido, na madrugada de terça-feira (10), a uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma entre o cérebro e uma das membranas que envolvem o órgão.

Depois de seis dias internado, Lula recebeu alta hospitalar na manhã deste domingo (15).

Em entrevista exclusiva ao Fantástico, o presidente afirmou estar “totalmente bem” e sinalizou para a possibilidade de retomar compromissos na capital federal depois desta quinta (19).

“Vou ficar até quinta-feira [19], porque eu tenho que fazer uma nova tomografia. E eu quero fazer no mesmo lugar que fiz as outras. Aí, eu vou para Brasília para trabalhar normalmente”, declarou.

Ao retornar, Lula encontrará desafios, principalmente na agenda econômica do governo.

A área tem sido alvo de críticas que se tornaram mais frequentes durante as negociações do pacote de medidas para controlar o aumento de gastos públicos.

As propostas de corte nas contas, encaminhadas ao Congresso pelo Palácio do Planalto, elevaram a insatisfação de parlamentares e de agentes do mercado financeiro com os rumos econômicos do terceiro mandato do petista.

Lideranças do governo têm trabalhado para garantir a aprovação desses projetos ainda neste ano. O Congresso entrará em recesso no próximo dia 23 de dezembro.

 

Ele também reafirmou ter compromisso com a responsabilidade fiscal e discordou da avaliação do mercado financeiro sobre o pacote dos gastos.

“Vou repetir: ninguém nesse país, do mercado, tem mais responsabilidade fiscal do que eu. […] Entreguei esse país, sabe, numa situação muito privilegiada. É isso que eu quero fazer outra vez. E não é o mercado que tem que ficar preocupado com os gastos do governo. É o governo. Porque, se eu não controlar os gastos, se eu gastar mais do que eu tenho, quem vai pagar é o povo pobre.”

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