Usuários do Abrigo Manoel Cartucho são eleitos membros do Conselho Municipal de Assistência Social

Os usuários vão compor o CMAS na gestão 2024/2025

Foto: Divulgação.

Dois usuários do abrigo Manoel Cartucho, equipamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, foram eleitos membros do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) na gestão 2024/2025. A escolha de Bárbara Bento e José Wagner de Souza, que atualmente vivem na instituição, aconteceu neste mês de julho, durante a finalização do XIV Fórum de Assistência Social.

Além de Bárbara e Wagner, que vão ocupar uma vaga, foram eleitos, ainda, outros três assistidos do Centro de Assistência Social e Terapêutico Diva Marina Goulart (Apoe), da Associação de Pais de Pessoas Especiais (Apape) e do Movimento Negro Unificado (MNU).

Bárbara é uma mulher trans que saiu do Espírito Santo. Ela morou nas ruas de Campos por dois anos, mas foi abordada pelas equipes do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) e hoje vive no abrigo Manoel Cartucho.

 

Eu ainda estou em situação de rua, porque eu ainda não tenho um lar. O Centro Pop me acolheu e hoje eu vivo no Manoel Cartucho. Além da procura de melhorias para mim, com essa eleição poderei lutar por melhorias para nós, mulheres trans e pessoas em situação de rua”, contou.

O presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Renato Gonçalves, explica que as assembleias de eleições têm o objetivo de escolher representantes da Sociedade Civil, ou seja, aqueles que não fazem parte do governo, sendo os segmentos dos usuários e dos trabalhadores da assistência social, sejam advogados, psicólogos, assistentes sociais, entre outros profissionais.

“É importantíssimo a gente ter no Conselho pessoas que usam a Política de Assistência e que possam falar dos seus problemas. Assim, eles podem falar sobre o que está funcionando ou não e o que precisa ser melhorado. Eles vão representar os interesses não de quem foi eleito, mas do coletivo. Eles não vão discutir a sua vaga na entidade, mas a coletividade, seja de usuários das entidades, dos CRAS, dos CREAS, daqueles problemas que afetam um grupo”, explicou.

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