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Um mês: Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid tem atendimento elogiado

Além de atender às pessoas que ficaram com sequelas decorrentes da Covid-19, o espaço oferece um serviço especializado no tratamento da dengue, zika e chikungunya

Divulgação / Foto: César Ferreira

Um mês Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid tem atendimento elogiado
Nesta sexta-feira (13) completa um mês que o Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid Dr. Jayme Tinoco Netto foi inaugurado pelo prefeito Wladimir Garotinho. Devido ao feriado da Semana Santa, o espaço começou a funcionar efetivamente em 18 de abril. Até o dia 11 de maio, 134 pessoas foram atendidas no local com sintomas de dengue, sendo que 33 testaram positivo para a doença por meio de exame de sangue. Foi registrado, ainda, um caso de zika e um de chikungunya. Os dados são referentes apenas aos atendimentos prestados no Centro da Dengue e não em todo o município.
Já no Pós-Covid foram realizados 26 atendimentos no mesmo período. Desse total, segundo o coordenador do Centro, Luiz José de Souza, sete pacientes apresentaram sequelas de diferentes gravidades em razão do coronavírus, após passarem pela triagem, e foram encaminhados para acompanhamento médico especializado. Ele disse que o Pós-Covid disponibiliza atendimento com médicos, fisioterapeutas, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e enfermeiros.
O servidor público Alecssandro Barreto Soares, 48 anos, está entre os pacientes atendidos pela equipe do Pós-Covid. Após ter sido infectado pelo coronavírus no ano passado, precisando, inclusive, de internação, ele disse que houve um descontrole na sua pressão arterial. “Como nunca fui hipertenso, resolvi buscar atendimento médico na UBSF do Parque Imperial, que me encaminhou para o Centro de Pós-Covid”, contou o servidor, que elogiou o tratamento recebido no local.
“Levei o encaminhamento da UBSF e fui atendido no mesmo dia. Além da rapidez, os profissionais são bem atenciosos”, disse Alecssandro, ressaltando que, ao chegar ao Centro, passou pela triagem e foi atendido pelo clínico geral, que o encaminhou para o endocrinologista. “Agora estou fazendo os exames solicitados pelo endocrino”.
Outro que elogiou o atendimento no Centro foi o professor de Educação Física, Marcelo Costa da Silva Filho, 27 anos. Com febre, dor nas articulações e fraqueza, além de manchas avermelhadas no corpo que coçam, Marcelo fez um primeiro exame de sangue, que deu negativo para dengue. “A equipe é muito profissional. O atendimento foi bem rápido”, contou ele, que foi orientado a repetir o exame de sangue.
Luiz José explicou que aqueles que chegam ao local com sintomas de dengue, zika ou chikungunya são atendidos por demanda espontânea e agendamento por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). “Não deixamos de atender ninguém que chega aqui, mas nossa orientação é para que a pessoa busque um primeiro atendimento na UBS perto de sua residência”, explicou ele, ressaltando que, para o atendimento pós-covid, o paciente vai precisar de encaminhamento médico, que pode ser da rede pública ou particular.
Na opinião do médico, a reabertura do Centro pela Prefeitura ocorreu no momento certo. “Temos condições de diagnosticar, por exemplo, casos dessa hepatite aguda grave de causa desconhecida que vem sendo registrada em todo o mundo”, disse ele, ressaltando que, quando há registro de casos de dengue, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) é comunicado para que a equipe faça o trabalho de prevenção e eliminação dos focos do mosquito no bairro onde a pessoa reside.
O secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, reforça a importância da participação das pessoas no combate à dengue. “É preciso que elas vistoriem a casa e seu entorno, como quintais e áreas comuns em prédios, eliminando a água acumulada em locais que possam servir de criadouro do mosquito. Cada um é dono do seu quintal e precisa mantê-lo limpo”.
O Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid, que já abrigou o Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), funciona anexo ao Hospital Plantadores de Cana (HPC). O CRDI foi fechado em março de 2020 pela gestão passada, após 20 anos em funcionamento. Inaugurado em 2002, ele recebeu como primeiro nome Centro de Referência da Dengue (CRD).

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