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SOS Ao Livro Verde quer audiência com Wladimir

Tentativa de salvar patrimônio histórico e cultural da cidade

Foto: Divulgação.

Patrimônio histórico e cultural de Campos, a Livraria Ao Livro Verde pode ser recuperada para ser tornar um centro cultural com áreas e espaços para diferentes atividades destinadas à própria atividade de livraria, lançamento de livros, loja de artesanato e de souveniers, exposições de artes plásticas, pesquisas históricas e literárias, cursos, cine clube e cyber/café/área de alimentação, priorizando a comercialização de doces, saldados, bebidas, alimentos e comidas campistas. Tais propostas e sugestões estão sendo encaminhadas pelo comitê organizador da campanha SOS Ao Livro Verde que solicitou agendamento em caráter de urgência ao prefeito Wladimir Garotinho (PP) para tratar do relatório final da comissão mista criada pela Câmara Municipal com representantes do Legislativo, do Executivo e da sociedade civil.(Leia mais abaixo)

A comissão buscou saídas alternativas para salvar Ao Livro Verde, “diante do impeditivo legal do poder público em alocar verbas públicas para o pagamento de dívidas contraídas por empresas privadas”.(Leia mais abaixo)

 

Ao Livro Verde é a livraria mais antiga do Brasil, conforme reconhece e atesta a renomada e internacional publicação anual do Guinness Book “O Livro dos Records” mundiais”.(Leia mais abaixo)

 

Segundo o relator Adelfran Lacerda, entre as propostas e sugestões contidas no relatório “fica autorizada a realização de parcerias público-privadas, convênios e acordos com a sociedade civil, com o objetivo de fortalecer a preservação e a promoção da Livraria e Papelaria Ao Livro Verde, e de incentivar a realização de eventos culturais e ações de fomento à arte e à cultura”.(Leia mais abaixo)

A campanha SOS e a comissão mista assinalam ainda que “as propostas e sugestões ora apresentadas devem ser avaliadas e analisadas, através do prisma e embrião de planejamento estratégico, como esboçado neste relatório no rol de alternativas necessárias, possíveis, legais, coerentes e concretas, através de articulação, parcerias e sinergia entre os poderes públicos (nas esferas municipal, estadual e nacional) e também da sociedade civil e a da iniciativa privada”.(Leia mais abaixo)

 

Destacam ainda que as propostas “são de caráter propositivo e não deliberativo, a serem avaliadas também, e principalmente, neste momento, pelo Poder Executivo Municipal, já que dizem respeito a numerosas e sucessivas ações e atividades objetivando viabilizar não apenas a preservação da Livraria Ao Livro Verde, como também a perenização de sua importância histórica e cultural ao longo do tempo e para as futuras gerações”.(Leia mais abaixo)

O rol das propostas, alternativas, sugestões, ações e atividades contemplam ainda ‘a desapropriação do imóvel da livraria, onde está instalada há 179 anos, deste 1844, no Centro Histórico de Campos, para que não desapareça, através de abandono, especulação imobiliária e/ou desordenamento urbano para fins de iniciativas privadas”.(Leia mais abaixo)

 

No desenvolvimento da Campanha SOS Ao Livro Verde foi apresentada, a proposta da Casa de Cultura também sediar a Redação do Jornal Monitor Campista, fundado em 1834, hoje o segundo mais antigo Brasil, após o encerramento das atividades do Jornal do Comércio do Rio de Janeiro.(Leia mais abaixo)

 

Outra sugestão aponta para o tombamento imaterial/material da Ao Livro Verde pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Inepac) para impedir a especulação imobiliária e a alteração de sua arquitetura externa e interna, salientando-se que o imóvel já está tombado pela (Coppam), o que já impede a descaracterização de sua fachada externa.(Leia mais abaixo)

 

Nos últimos anos, Ao Livro Verde vinha enfrentando o maior desafio de sua existência, ameaçada de fechamento, com o pedido de pré-falência pelo proprietário Ronaldo Sobral, também em função da crise econômica gerada pela pandemia do Coronavírus, pela reconfiguração e competição de mercado livreiro através da expansão de grandes livrarias nacionais e internacionais, além da concorrência gerada pela rede da internet (e-commerce) e maciça migração de leitores para o ambiente digital e publicações on-line.(Leia mais abaixo)

 

A campanha também propõe a readequação arquitetônica interna e mobilitários e equipamentos da livraria a ser executada para sediar a Casa de Cultura Ao Livro Verde, tornando-se mais um atrativo turístico, histórico e cultural no centro da cidade, recebendo visitantes, grupos escolares e de pesquisadores.(Leia mais abaixo)

 

Há ainda a proposta de criação da Associação de Amigos da Livraria Ao Livro Verde (AALVE) entidade civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, estruturada a partir de Estatutos, Regimento Interno, Conselho de Administração/Curador, Conselho Fiscal, Assembleia de Sócios e Diretoria Executiva, capaz de receber, responsabilizar-se e administrar recursos e verbas públicas e privadas, a serem investidos exclusivamente na Casa de Cultura Ao Livro Verde.(Leia mais abaixo)

 

Por fim, a elaboração de um projeto executivo através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, com o objetivo de apoiar o setor cultural na captação de recursos para atividades culturais (festivais, exposições, peças de teatro, edição de livros…), através de doação ou por patrocínio, com ou sem publicidade de quem investiu o dinheiro, depositada em conta bancária criada pelo Ministério da Cultura, especificamente para o projeto incentivado, com a geração derecibo, com valor fiscal, para abatimento do valor do Imposto de Renda pelo doador.(Leia mais abaixo)

 

Outra sugestão é a aprovação de projeto de lei pelo Congresso Nacional, reconhecendo Ao Livro Verde como patrimônio histórico e cultural do Brasil, lembrando que a livraria já tem título e lei de reconhecimento como patrimônio histórico e cultural municipal (Lei 9.603/2023, do vereador Marcos Bacellar) e estadual projeto do deputado Rodrigo Bacellar em votação na Alerj, assim como a criação de um grupo executivo de trabalho e de acompanhamento dos desdobramentos, ações e atividades da  Campanha SOS Ao Livro Verde, a ser formado por representantes do Poder Executivo, da Câmara de Vereadores e da Sociedade Civil, entre outras ações.(Leia mais abaixo)

 

A Campanha SOS Ao Livro Verde mobilizou-se para formalização de apoios oficiais que totalizam 55 instituições, entidades, empresas e veículos de comunicação. No plano estadual e nacional, a campanha conta com apoio da Academia Brasileira de Letras (ABL), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Associação Estadual e Nacional de Livrarias (AEL/ANL).(Leia mais abaixo)

O relatório conclusivo foi precedido pela realização de um calendário de atividades como reuniões, plenárias e audiência pública na Câmara, onde surgiram propostas, alternativas, sugestões, ações e atividades visando a preservação e perenização da Livraria Ao Livro Verde.(Leia mais abaixo)

 

Foi aprovada a criação de três canais de comunicação e de relacionamento digitais para que os interessados e os integrantes da Campanha SOS Ao Livro Verde encaminhassem diretamente à Comissão Mista da Câmara de Vereadores, presidida pelo vereador Rogério Matoso, propostas e sugestões em prol da livraria.

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