A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), orienta a população para que fique atenta e evite contato direto com o carrapato do gênero Amblyomma sculptum, mais conhecido como carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa.
De acordo com o subsecretário da Subpav, o infectologista Rodrigo Carneiro, em Campos, não há casos confirmados da doença, que é provocada pela bactéria Rickettsia rickettsii, este ano. Já em 2022, foram notificados 58 casos. Deste total, 9 foram confirmados e 49 descartados. Dos 9 casos de febre maculosa confirmados, 6 evoluíram para óbito.
“O período de férias escolares está se aproximando e é comum as pessoas irem para locais endêmicos, como próximos a rios e lagoas. A gente sempre lembra que, uma vez nesses locais, evitem contato direto com áreas alagadas e de mato alto. Caso o contato seja inevitável, é importante que alguns cuidados, como higienização do corpo e busca por carrapatos aderidos na pele, sejam tomados”, pontuou o médico.
No caso de encontrar carrapato fixado à pele, é importante não espremê-lo com as unhas, para não se contaminar. O ideal é retirá-lo com calma, através de leves torções, com auxílio de uma pinça que deverá prender o aparelho bucal e não o corpo do carrapato.
SINTOMAS – Os principais sintomas da febre maculosa são febre alta, dores de cabeça intensas, dor muscular e articular, dor abdominal, diarreia, exantema e alterações na urina, que pode ficar mais concentrada. Eles costumam aparecer entre dois e 14 dias após a picada do carrapato infectado. Entre os animais que podem hospedar a bactéria estão cavalos, capivaras, marsupiais (gambá) e cães que circulam em região com infestação e transportando o carrapato-estrela infectado.
O tempo entre a picada e o início dos primeiros sintomas varia de 2 a 14 dias, com média de sete dias. “Quando não tratada, a letalidade da doença pode passar de 80%. Portanto, se houver contato com carrapatos e se apresentar algum dos sintomas descritos, deve-se procurar imediatamente atendimento médico, para que exames mais detalhados possam ser feitos, tentando a identificação da doença”, concluiu Rodrigo Carneiro.
O município de Campos se tornou uma área de interesse para monitoramento da febre maculosa no estado do Rio de Janeiro em 2021 e, desde então, vem sendo realizado capacitação dos profissionais da rede pública de saúde.