Rodrigo Bacellar é reeleito presidente da Alerj

Dr. Deodalto (PL) assume lugar na Mesa Diretora em cargo que, até a manhã desta segunda-feira, seria de Manoel Brazão (União)

O deputado Rodrigo Bacellar (União) foi reeleito nesta segunda-feira presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) com a maioria absoluta dos votos. A vitória acontece dois anos após ele vencer a disputa pela presidência com 56 dos 70 votos possíveis. O crescimento entre um pleito e outro consolida o poder de Bacellar no governo fluminense. Outra vitória foi o do Partido Liberal, que assumirá postos chaves na Alerj após atritos com presidente.(leia mais abaixo)

 

Líder do PSOL na Alerj, Flávio Serafini começou seu voto criticando o governo Cláudio Castro, de quem Bacellar é aliado. Ele terminou votando a favor de Bacellar, apesar de em 2023 ter preferido se abster no pleito. O parlamentar disse que, nos últimos dois anos, o PSOL ou ele “nunca foram constrangidos” em sua atuação:

— Há dois anos fui contra eleger como presidente alguém que havia acabado de deixar o governo. Mas vimos que o parlamento não foi uma extensão do governo. Diante desse balanço e sinalização positiva de acordo em que a oposição terá espaço para trabalhar, nosso voto é favorável — disse Serafini.(leia mais abaixo)

 

Um drone foi usado para gravar imagens durante a votação, que segue em andamento. O clima foi de paz durante a sessão. Os deputados até receberam uma caixinha com fotos da confraternização de final de ano. Já nos paletós, não foi difícil encontrar com parlamentares e seus assessores exibindo adesivos com o nome da chapa de Bacellar.(leia mais abaixo)

Partido dividido em 2023 – Em 2023, o Partido Liberal se dividiu. Rodrigo Bacellar estava no partido e era o candidato apoiado pelo governador Cláudio Castro, mas uma ala dissidente no PL tentou viabilizar Jair Bittencourt como cabeça de chapa, sob as bençãos do presidente do partido Altinêu Cortes. Como consequência da briga, houve mexidas no primeiro escalão do governo fluminense, como a troca do secretário de Educação, antes indicado pelo PL e que passou a ser delineado por Bacellar.(leia mais abaixo)

 

Com o passar dos meses, os dois se reaproximaram. Para montar a nova chapa, Bacellar e Altinêu chegaram a um consenso: a 1ª vice-presidência deixaria de ser ocupada pelo União para ter um deputado do PL. Outra mudança partidária é o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Alerj, que também deve ser comandada por um parlamentar do PL.(leia mais abaixo)

 

Com isso, Bacellar garantiu o apoio integral do Partido Liberal. O presidente reeleito também buscou partidos de centro e esquerda para construir uma candidatura única. A deputada Zeidan (PT), por exemplo, permanece na Mesa Diretora. Parlamentares do PSOL, PDT e PSD também apoiaram a candidatura de Bacellar, apesar de serem oposição ao governo Cláudio Castro.(leia mais abaixo)

 

A nova Mesa – A mesa diretora é composta por um presidente, quatro vice-presidentes, quatro secretários e quatro vogais. São eles os responsáveis pela gestão interna da Alerj, que tem este ano orçamento superior a R$ 1,3 bilhão, e dirige os trabalhos legislativos, ou seja, define os projetos de lei que vão a votação em plenário.

Confira a chapa “Somos um só por um Rio melhor” registrada nessa segunda-feira:(leia mais abaixo)

 

Presidente: Rodrigo Bacellar

1° Vice-presidente: Guilherme Delaroli (PL)

2ª Vice-presidente: Tia Ju (Republicanos)

3ª Vice-presidente: Zeidan (PT)

4ª Vice-presidente: Célia Jordão (PL)

1° Secretário: Rosenverg Reis (MDB)

2° Secretário: Dr. Deodalto (PL)

2ª Secretária: Franciane Motta (Podemos)

4º Secretário: Giovani Ratinho (Solidariedade)

1ª Vogal: Índia Armelau (PL)

2° Vogal: Rafael Nobre (União)

3° Vogal: Deputado Valdecy da Saúde (PL)

4° Vogal: Renato Miranda (PL)

 

A atual mesa diretora terá poucas mudanças. A principal será na primeira vice-presidência, hoje com Manoel Brazão (União). Bacellar abriu mão do cargo ocupado por seu partido para aceitar uma indicação do PL: o escolhido deve ser Guilherme Delaroli, irmão de Marcelo Delaroli, prefeito de Itaboraí, e próximo ao presidente estadual da sigla Altinêu Cortes — que foi eleito no sábado o 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados.(leia mais abaixo)

 

Braço direito de Rodrigo Bacellar, Rodrigo Amorim deve continuar à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas, como o cargo foi requisitado pelo PL durante as negociações, deve se filiar ao partido.(leia mais abaixo)

 

Secretaria em disputa – Um cargo que estava disputado na chapa é o de 1º secretário, atualmente ocupado por Rosenverg Reis (MDB). Há uma tentativa de emplacar Val Ceasa (PRD) para substitui-lo. Rosenverg é irmão do secretário estadual de Transportes e presidente do MDB no Rio Washington Reis, logo uma mudança poderia respingar em acordos futuros — Bacellar é cotado nos bastidores para disputar o Palácio Guanabara em 2026. Ao fim, Rosenverg conseguiu vencer a disputa.(leia mais abaixo)

— Soube desse movimento querendo me colocar como 1º secretário, mas deixo a critério do presidente. Não quero tomar lugar de ninguém — diz Ceasa.(leia mais abaixo)

 

O atual 2º secretário da Alerj, o médico Pedro Ricardo (PP), é cotado para assumir a presidência da comissão de Saúde, que era ocupada por Tande Vieira (PP), eleito prefeito de Resende. O cargo, assim, seria mantido no partido de Doutor Luizinho, presidente estadual do Progressistas e influente na área da saúde no Rio. Como o parlamentar não pode ocupar uma cadeira em comissão e da Mesa Diretora, ele deixará a secretaria e no seu lugar assumirá Dr. Deodalto (PL).(leia mais abaixo)

 

A entrada de Deodalto na chapa foi decidida de última hora. Até a manhã desta segunda-feira quem ocuparia a vaga seria Manoel Brazão, que na nova composição ficará sem cargo na Mesa Diretora.

Fonte: O Globo

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