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Prefeitura anuncia medidas para implementar coleta seletiva no município

O assunto foi abordado em Audiência Pública que teve como tema teve por tema “Política Municipal de Coleta Seletiva”

Foto: Divulgação.

A Prefeitura de Campos realiza levantamento de campo com o objetivo de implementar o serviço de coleta seletiva e fortalecer as cooperativas de catadores. O anúncio foi feito por gestores da Prefeitura durante a realização de Audiência Pública realizada na tarde e início da noite desta quinta-feira (14), na Câmara de Vereadores de Campos. A Audiência teve por tema “Política Municipal de Coleta Seletiva”, com debate sobre a situação das cooperativas, dos catadores de materiais recicláveis e do descarte desses resíduos em Campos.(leia mais abaixo)

O evento, requerido pelo vereador Fred Machado, que é o presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, teve a participação de autoridades da Prefeitura; do Ministério Público do Trabalho em Curitiba (online); da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro; de dirigentes de entidades da sociedade civil; dirigentes de cooperativas de catadores de Campos, Rio de Janeiro, Volta Redonda e Curitiba. Dentre as autoridades de Campos, fizeram uso da palavra o subsecretário de Meio Ambiente, Renè Justen; a secretária de Serviços Públicos, Simone Muniz; o assessor de Fiscalização e Fomento de Coleta Seletiva da Prefeitura, Franklin Cherene; e o vereador Fred Rangel.(leia mais abaixo)

Participaram por teleconferência a Procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Curitiba, Margaret Matos de Carvalho, que falou sobre a atuação do órgão na defesa dos direitos dos catadores. Também apresentou propostas para fortalecer as cooperativas o empresário Ricardo Meyle, que é gestor ambiental e consultor do Programa “Lixo Zero”. Ele discorreu sobre o tema “O lixo que não é lixo”, numa referência aos materiais recicláveis que geram renda para o catadores e divisas para o município. Ricardo representou o Movimento Lixo Zero.(leia mais abaixo)

Ainda se pronunciaram a representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Claudete Costa; a defensora pública de Campos, Aline Barroco; o administrador de condomínios, Gabriel Nunes; a professora da UFF de Campos, Érica Almeida. Claudete Costa falou sobre as Políticas Públicas e a inclusão do catador nos sistemas de atenção social e saúde.(leia mais abaixo)

Rene Justen lamentou a suspensão do serviço de Coleta Seletiva pela gestão anterior e discorreu sobre as políticas públicas em conformidade com a Lei 12.305/2010. O serviço de Coleta Seletiva era abrangente, com estrutura de caminhões e equipes específicas para coletar os recicláveis, e constava de mais de 300 pontos estratégicos de coleta em diversos bairros.(leia mais abaixo)

“Temos atuado para definir um programa de coleta que vai envolver condomínios, entidades do setor produtivo como a CDL, que poderá contribuir com campanha de conscientização junto aos lojistas quanto à separação dos materiais do lixo e ser destinado para as cooperativas. Estamos com o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em andamento e já foram assinados convênios com o Siga Ceivap (Sistema de Informações Geográficas e Ambientais da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul) e também com o Agevap (Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul). Também já enviamos ofício para concessionária dos serviços de limpeza pública, no caso a Vital Engenharia, com abordagem com vistas a retomada da Coleta Seletiva”, informou René Justen.(leia mais abaixo)

Simone Muniz fez considerações sobre os trabalhos de levantamento que estão sendo realizados para a retomada do serviço de coleta seletiva. Franklin Cherene enumerou as medidas que vêm sendo adotadas pela Subsecretaria de Limpeza Pública, junto aos condomínios e entidades do setor produtivo, para ampliar a participação de empresas e condomínios na coleta seletiva. Ele justificou o empenho em visitar 21.700 residências entre o bairro Nova Brasília e o final da cidade no setor leste, na região do Cepop ante a importância da Coleta Seletiva mediante as transformações que a sustentabilidade provocam em Campos.(leia mais abaixo)

Por meio de teleconferência, Roselaine Mendes Ferreira, da Cooperativa de Catadores de Curitiba, relatou sua experiência de sucesso na estratégia desenvolvida para a inclusão das catadoras e catadores de materiais recicláveis. Euvaldo Luiz Santana, da Cooperativa de Catadores de Volta Redonda, defendeu a cooperativa como forma de inclusão socioeconômica dos catadores e sua participação na coleta seletiva. Também por videoconferência, a vereadora Maria Letícia, da Câmara Municipal de Curitiba, discorreu sobre o papel do poder público no apoio às cooperativas de catadores.

A professora da UFF-Universidade Federal Fluminense – em Campos, Érica Almeida lembrou que a Coleta Seletiva em Campos teve início no ano de 1994 por iniciativa do Rotary e foi encampada pela Prefeitura no ano de 1997. Erica discorreu sobre tema “O Protagonismo dos Catadores e das Catadoras de Recicláveis com o fechamento do antigo lixão da Codin”, na gestão da então prefeita Rosinha Garotinho.

A Defensoria Pública em Campos dos Goytacazes, esteve representada pela defensora pública Claudete Costa, que falou sobre o papel da Defensoria e a garantia de direitos dos catadores. O representante da Associação dos Condomínios, Gabriel Nunes, que é síndico de grandes condomínios em Campos, destacou sobre a importância da conscientização das ações sustentáveis e a coleta seletiva de condomínios.

MULHERES DIRIGENTES DE COOPERATIVAS DE RECICLÁVEIS SOLICITARAM APOIO – Cinco mulheres dirigentes de cooperativas de catadores defenderam apoio para ampliar o volume da entrega de reciclados para as cooperativas, conforme solicitou Ana Carolina Norato, representante da Cooperativa Reciclar. Também discursaram Mylena Gomes, representante da Cooperativa Renascer; Leiliane de Jesus, representante da Cooperativa Nova Esperança; Maria da Penha, fundadora da Cooperativa Reciclar; e Érica Borges que representou a Cooperativa Cata-Sol.

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