Postado por Fabiano Venancio – A transformação da região Norte Fluminense num polo de energia avança a passos decisivos com a proposta de instalação de bases de apoio logística no Porto do Açu, em São João da Barra, para projetos de energia eólica offshore. A Prumo Logística e a petroleira francesa TotalEnergies anunciaram na última quinta-feira (17/11) a assinatura de um memorando de entendimentos para estudos visando a instalação de bases de apoio logístico com esta finalidade no terminal portuário no quinto distrito de São João da Barra. Conforme apurado pelo site Campos 24 Horas, o Porto que já se situa entre os dez maiores do País em carga movimentada, também já tem contratados mais R$ 22 bilhões em investimentos nos próximos anos. (Leia mais abaixo)
A parceria abre espaço para que a TotalEnergies prossiga com estudos de viabilidade para a implantação de parques eólicos em alto-mar com até 3 gigawatts (GW) de potência no Estado do Rio de janeiro. (Leia mais abaixo)
A ideia é que a petroleira utilize o Porto do Açu, controlado pela Prumo, como um hub logístico em todas as fases do projeto, como base de apoio para construção, instalação e operação das eólicas. (Leia mais abaixo)
A TotalEnergies já é um importante player nesse mercado que começa a se desenvolver agora no Brasil. Atualmente, a empresa francesa tem pedidos de licenciamento junto ao Ibama para três projetos eólicos offshore no país, com capacidade total de 9 GW. (Leia mais abaixo)
“Como uma empresa multienergética, a expansão das atividades no segmento eólico offshore está em linha com a estratégia de alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e com o compromisso de investir a longo prazo no país”, afirmou em nota Charles Fernandes, diretor geral da TotalEnergies EP Brasil e country chair da companhia no Brasil. (Leia mais abaixo)
Rogério Zampronha, CEO da Prumo Logística, destacou que algumas características de Açu, como sua vasta retroárea e condições de calado únicas, posicionam o porto como uma importante plataforma para o desenvolvimento de eólicas offshore. (Leia mais abaixo)
“Além disso, estamos em fase de atração de fábricas que tenham sinergia com esse negócio”, informou Zampronha, em nota. (Leia mais abaixo)
Além da TotalEnergies, o Porto de Açu já havia anunciado em setembro uma parceria com a francesa EDF Renewables para desenvolver futuros projetos eólicos offshore e de hidrogênio verde na área do porto. (Leia mais abaixo)
A indústria eólica offshore começou a olhar para o Brasil nos últimos anos, com o fortalecimento da agenda de transição energética, mas os empreendimentos locais ainda carecem de definições, principalmente regulatórias, para sair do papel. Mesmo assim, o Ibama já contabiliza cerca de 170 GW de projetos offshore aguardando licenciamento, de empresas como Shell e Neoenergia. (Leia mais abaixo)
Em outubro, o governo brasileiro publicou portarias que avançam com a regulamentação da geração de energia eólica offshore, um passo considerado importante por investidores para deslanchar seus primeiros projetos da fonte no país.