Justiça determina eleição de forma secreta na Alerj

PRESIDÊNCIA – Campista Rodrigo Bacellar terá pela frente o itaperunense Jair Bitencourt, ambos do mesmo partido que está rachado

Foto: reprodução.

Atualizado – 02/02/2023 – 13h20 – O desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, presidente do Tribunal de Justiça do Rio, decidiu na manhã desta quinta-feira (02), em caráter liminar, que a escolha do novo presidente da Assembleia Legislativa será por voto secreto. (leia mais abaixo)

 

A sentença foi dada em uma ação impetrada pelo deputado estadual Filipe Poubel (PL), questionando uma modificação feita no regimento interno na época em que o presidente era o então deputado Sérgio Cabral (MDB). (leia mais abaixo)

 

Alerj em ‘chamas’: confronto de deputados da região, Castro e Altineu e cargos

Política é como nuvem. Uma hora ele está numa posição, daqui a pouco em outra. A frase do ex-presidente Tancredo Neves bem ilustra a situação da disputa da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Quem apostou numa eleição tranquila, até por aclamação, do campista Rodrigo Bacellar (PL), começa a ficar preocupado com a movimentação do itaperunense Jair Bittencourt (PL) que apresentou sua candidatura aos deputados que não aderiram a Bacellar.  O racha que levou o PL a lançar duas candidaturas à presidência Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), marcada para esta quinta-feira (02). O Campos 24 Horas mostra tudo da disputa entre correntes do mesmo partido, o confronto colocou em lados opostos o governador Cláudio Castro (PL) e o deputado federal, Altineu Côrtes (PL) presidente estadual partido atual líder da sigla na Câmara dos Deputados. (Leia mais abaixo)

 

Nesta segunda-feira, a ala da qual Altineu faz parte entregou a Castro três secretarias na administração estadual: Agricultura, Educação e Ciência e Tecnologia. O motivo é a decisão de apoiar Jair contra Bacellar, atual secretário de Governo e nome preferido do governador. (Leia mais abaixo)

 

A decisão de colocar os cargos à disposição de Castro foi tomada nesta segunda, mesma data em que Bittencourt, atual secretário de Agricultura, reuniu-se com o governador e comunicou sua decisão de sair candidato. Aliados de Bacellar já cobraram sua exoneração. (Leia mais abaixo)

 

Além de Altineu, Bittencourt recebeu apoio do deputado estadual Dr. Serginho, deputado estadual integrante da ala bolsonarista do PL, e que havia sido nomeado por Castro para a pasta de Ciência e Tecnologia. Altineu estaria insatisfeito com o governo, já que tinha apadrinhado a indicação de Patrícia Reis para a secretaria estadual de Educação, antigamente ocupada por outro aliado, Alexandre Valle. (Leia mais abaixo)

 

Nos bastidores, o governo considera que conseguirá contornar a crise e manter a base unida após a eleição na Alerj, mas os deputados que endossaram a candidatura de Bittencourt tratam como irreversível o racha com Bacellar, e consideram natural a perda dos cargos se Castro mantiver sua preferência. (Leia mais abaixo)

 

A insatisfação de integrantes do PL com Bacellar, que ingressou no partido no ano passado para acompanhar a filiação de Castro, atingiu seu ápice com a movimentação do deputado para indicar Rodrigo Amorim (PTB) à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). (Leia mais abaixo)

 

A CCJ é a principal comissão da Casa, pela qual passam praticamente todos os projetos de lei, tradicionalmente fica com o partido de maior bancada – no caso, o próprio PL, que elegeu 17 deputados de um total de 70 que integram a Alerj. (Leia mais abaixo)

 

A cúpula do PL fluminense considerou a escolha de Amorim um “escândalo político”, motivado por uma “proximidade pessoal” com Bacellar. (Leia mais abaixo)

 

Amorim, embora seja o único deputado do PTB, foi insuflado por um bloco de 13 deputados formado por aliados de Bacellar de oito partidos. O movimento também irritou o União Brasil, segunda maior bancada da Alerj, com oito deputados, que considerou o bloco dos “nanicos” uma tentativa de Bacellar de driblar a preferência da sigla por comissões e vagas na Mesa Diretora. (Leia mais abaixo)

 

Apoiadores de Jair Bitencourt, que conta com apoio de parte do União Brasil, do PSD e do PT, miram agora o apoio do PSOL, que tem cinco deputados. Na avaliação deste grupo, os votos de partidos de esquerda – incluindo PSB, PDT e PCdoB, que somam outros cinco parlamentares – serão decisivos para a eleição da Alerj, em que pesem as resistências ao PL por ser o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. (Leia mais abaixo)

 

O próprio PT havia sinalizado com um apoio a Bacellar no fim de 2022, mas a aliança começou a ruir depois que o partido foi ignorado em seu pleito para assumir a primeira-secretaria da Alerj, considerado um cargo estratégico por gerir recursos da Casa. (Leia mais abaixo)

 

Andrezinho Ceciliano, deputado eleito e filho do atual presidente da Alerj, André Ceciliano, que está encerrando o mandato, seria o nome a ocupar a primeira-secretaria. (Leia mais abaixo)

 

Bacellar deve manter o apoio de uma parte da bancada do PL. Na segunda-feira, ele recebeu o endosso dos deputados Dr. Deodalto e Valdecy da Saúde, ambos do PL, e de Val Ceasa (Patriota). Quem também promete apoio é o MDB, do ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, cujo irmão, Rosenverg, foi indicado por Bacellar para a primeira-secretaria em sua chapa. Reis criticou a candidatura de Bittencourt.

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