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Infarto Agudo do Miocárdio: como identificar principais sinais e sintomas

As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. Em Campos, 286 pessoas morreram em decorrência do Infarto Agudo do Miocárdio em 2022

Foto: Divulgação.

“Um paciente infartado que não é atendido adequadamente nas primeiras duas horas, perde em média 2 anos de vida”. A afirmação é do cardiologista Jamil da Silva Soares, que integra a equipe de hemodinâmica que está à frente do projeto “SOS Coração: Nossa missão é cuidar das pessoas”. Pioneiro e inovador em salvar vidas pelo Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), o projeto foi lançado pelo prefeito Wladimir Garotinho, vice Frederico Paes e pelo secretário de Estado de Saúde Doutor Luizinho, no último dia 28, no auditório da Santa Casa de Misericórdia de Campos.(leia mais abaixo)

 

O projeto, que é uma expansão da Rede Campos de Saúde Pública, lançada em dezembro de 2021 pelo prefeito e vice-prefeito, tem como principal objetivo oferecer atendimento rápido e eficiente aos pacientes com IAM.(leia mais abaixo)

 

As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. Estima-se que 20 milhões de pessoas morrem anualmente vítimas de Acidentes Vasculares Encefálicos (AVE) e ataques cardíacos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), representando aproximadamente 31% de todas as mortes globais. No Brasil, 46 pessoas morrem a cada hora e 1.100 por dia. Os dados mostram ainda que dos óbitos ocasionados pelas doenças cardiovasculares, em média, 7,4 milhões foram causados por doenças isquêmicas do coração e 6,7 milhões por AVE. O principal representante das doenças isquêmicas coronárias é o Infarto Agudo do Miocárdio.(leia mais abaixo)

 

“O infarto pode acometer uma pequena parte do coração ou ser extenso, atingindo uma grande extensão do músculo cardíaco, sendo essa a forma mais grave, aumentando a incidência de complicações, sequelas e mortalidade se não tratada precocemente”, explicou o cardiologista Celmo Ferreira de Sousa Junior, que também faz parte da equipe médica de hemodinâmica.(leia mais abaixo)

 

Em Campos, 286 pessoas morreram em decorrência da doença no ano passado. “O desafio é tornar o tratamento disponível para a população como um todo e promover a redução da morbidade e mortalidade em nosso meio”, disse o médico, ressaltando que não existe uma causa única para o infarto.(leia mais abaixo)

 

“A doença é multifatorial, ou seja, tem vários fatores de risco que contribuem para o aumento da incidência das doenças cardiovasculares, dentre elas o IAM. Entre as principais causas estão o sedentarismo, obesidade, níveis de colesterol e triglicerídeos elevados, hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo, estresse, o próprio envelhecimento e o histórico familiar”, acrescentou.(leia mais abaixo)

 

O médico disse ainda que os sintomas típicos do infarto são dor no peito em aperto ou queimação que irradia para o braço, dor na mandíbula, suor frio, náuseas e vômitos. Já os atípicos, geralmente em pacientes idosos e diabéticos, são tonturas, náuseas e vômitos, desmaio, formigamento nos braços e falta de ar.(leia mais abaixo)

 

“É fundamental que o paciente procure o mais rápido possível a emergência do hospital para que, após avaliação médica e realização de exames, seja confirmado ou afastado o diagnóstico de infarto. Importante lembrar também que 50% dos pacientes que infartam morrem na primeira hora devido às arritmias cardíacas, não tendo a oportunidade de acesso ao tratamento. A demora para o atendimento médico é fatal, já que as arritmias são tratadas através de cardioversão (choque com equipamento específico chamado cardioversor), evitando a morte do paciente”, explicou Celmo.

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