Igreja na Baixada Campista é arrombada e furtada

Dom Roberto acredita que a ação não demonstra somente o delito à liberdade religiosa, mas o desejo de atingir uma igreja, uma religião

Foto: Divulgação.

Nesta quarta-feira (15/03), a Diocese de Campos registrou mais um ato de vandalismo e depredação de uma Igreja Católica, desta vez na localidade de Saturnino Braga, na baixada campista. A Igreja de Sant’Ana e São Joaquim, que pertence à Paróquia de São Sebastião, fica às margens da RJ 216, foi descoberto após a pessoa responsável pela limpeza encontrar a porta encostada e vários objetos fora do lugar, durante o início da manhã. O pároco Pe. Gustavo Ribeiro dos Santos, atual responsável pelas atividades pastorais, esteve na capela e contabilizou os prejuízos. Foram levados o aparelho de som, que ficava no coro, além de um equipamento projetor datashow. Segundo Pe. Gustavo o sacrário não foi profanado e nenhum objetivo litúrgico foi levado. “Estive na comunidade para prestar apoio aos paroquianos. Comuniquei ao Bispo Diocesano o fato, foi registrado boletim de ocorrência na 134º Delegacia Legal do Centro. Presumimos que o arrombaram a porta lateral da Igreja para ter acesso ao tempo. A porta estava encostada e muitas coisas estavam fora do lugar”, disse o Pe. Gustavo. (leia mais abaixo)

De acordo com o Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrerìa Paz, o furto acaba sendo uma ação que coloca não apenas as Igrejas, mas as autoridades de segurança pública em uma situação delicada. O furto tira recursos das comunidades de fé, esperança, caridade e acolhida às pessoas que estão sofrendo de necessidades espirituais. “Estamos todos praticamente fazendo um registro mensalmente. Novamente aconteceu, mostra a fragilidade da segurança das Igrejas, mas deve ser tratado com mais dignidade. Três Igrejas em pouquíssimo tempo, além de tudo fazer pensar que é não um ato de roubo, mas de intolerância, pois de fato afeta a liberdade religiosa ao ficar sem o recurso do som. Prejudica o culto e cerceia a liberdade religiosa”, declarou Dom Roberto Francisco.


Dom Roberto acredita que a ação não demonstra somente o delito à liberdade religiosa, mas o desejo de atingir uma igreja, uma religião. “A nossa cobrança é direcionada às autoridades, para perceberem que este fato é uma séria ameaça a democracia, a paz e ao convívio entre as religiões e, portanto, rezamos e firmamos nossa posição de não admitirmos mais estes fatos que depõem contra a fé e a crença”, finalizou Dom Roberto.

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