Postado por Fabiano Venancio – A Prefeitura de São Francisco de Itabapoana, através Secretaria Municipal de Meio Ambiente, definiu esta semana um cronograma para a retirada das casuarinas e outras árvores não nativas das praias da região para atender a uma determinação do Ministério Público Federal (MPF), que abrange também todo litoral fluminense. As espécies estão sendo removidas inicialmente nas praias de Santa Clara e Guaxindiba. A prefeita de São Francisco de Itabapoana, Francimara Barbosa (SD), gravou um vídeo quando explicou a população a determinação do MPF. UM engenheiro ambiental também explicou o porquê da retiradas das casuarinas. (Leia mais abaixo)
De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Luciana Sofiatti, o MPF instaurou um inquérito civil público, em 2017, e determinou que a Prefeitura apresentasse um cronograma com medidas de controle e erradicação destas árvores que causam condições facilitadoras para a erosão e o avanço do mar. (Leia mais abaixo)
“Sei que é difícil a população entender a retirada de uma árvore que lhe traz uma sombra e uma fresca muito boa, uma planta que se encontra em várias praias do nosso litoral e não seja nativa, mas que na verdade são espécies exóticas e trazem prejuízos ao meio ambiente”, disse Luciana. (Leia mais abaixo)
“Quero esclarecer que está acontecendo em nosso litoral a retirada das casuarinas. Infelizmente tenho que cumprir esta determinação, espero que a população e os comerciantes consigam entender pois corremos o risco de multas e outras sanções ao município e a pessoa física da Francimara. Convém também lembrar que a área limítrofe ao mar é de domínio da União, não do Município”, explicou a prefeita. (Leia mais abaixo)
Em entrevista, o engenheiro ambiental da secretaria, Jamílson Junior, explicou que as casuarinas são espécies exóticas que depositam acículas, que são pequenas folhas cilíndricas em grande quantidade e que cobrem o solo, impedindo a vegetação rasteira nativa que protege as dunas, facilitando a erosão. (Leia mais abaixo)
O engenheiro acrescentou ainda ser visível que “em trechos da orla onde existem as árvores se percebe um processo de erosão acentuada, ao contrário de outros onde as casuarinas não estão plantadas”. Jamilson concluiu afirmando que “as espécies exóticas são hoje a segunda maior causa de prejuízos à biodiversidade, atrás somente do desmatamento”