O mercado de trabalho na região continua em fase de reaquecimento após a pandemia. No Porto do Açu e nas plataformas da Petrobras em Macaé, empresas prestadoras de serviço nos setores de logística e de petróleo têm buscado mão de obra qualificada para diferentes funções. No Açu, a Gás Natural Açu (GNA) já inicia a construção da UTE (usina termelétrica) GNA II e traz de volta ao terminal portuário gigantes como o consórcio Andrade Gutierrez que fornecerá as obras civis, de infraestrutura e montagem. O Campos 24 Horas ouviu um educador profissional sobre os cursos que são oferecidos por centrais de treinamento da cidade, com baixos custos, e que deixam os jovens habilitados para início imediato no setor de petróleo. Ao final desta publicação, mostramos algumas empresas que estão contratando em Macaé. As grandes petroleiras multinacionais são as que mais empregam no município e ainda há vagas previstas no Porto do Açu.
Outras empresas darão suporte ao empreendimento, com previsão de geração de milhares de vagas de emprego e salários médios entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. A previsão de investimentos com a GNA II é de R$ 5 bilhões.
O educador profissional Robson Santos, da Wegas Treinamento, prevê demanda aquecida na oferta de trabalho para mão de obra especializada a partir do segundo semestre no terminal com estimativa até de melhores salários em razão da lei da oferta e da procura. Algumas funções exigem 60 horas de treinamento, como eletricista predial, mas outras podem durar algumas horas. “E o candidato já sai dali pronto para trabalhar. Dependendo do desempenho, a empresa requisita logo, ele está pronto pra trabalhar”, admite.
Há procura por trabalhadores de funções e cursos de treinamento para eletricista predial, movimentação de cargas, eletricista de energia solar fotovoltaica, montador de andaime, operador de ponte rolante, força e controle, plataformista, movimentação de cargas, operador de empilhadeira, montador de andaimes e atividades de segurança, mecânica e logística regidas por normas regulamentadoras (NR), como a NR 33 e 35.
Com a retomada da procura por mão de obra já se observa inclusive um impacto na melhoria dos salários em razão da disputa por mão de obra qualificada, revela Robson. “A empresa precisa e não quer o risco de perder um trabalhador qualificado nem perda de tempo. Então, é fundamental que o candidato a uma vaga de emprego se prepare desde logo, esteja capacitado e bem treinado”, disse.
Para esse período de construção da GNA II, segundo Robson Santos, a previsão é de oferta de vagas principalmente para operadores de máquinas pesadas como retroescavadeira, escavadeira hidráulica, e pá carregadeira, entre outros equipamentos.
PETRÓLEO – Com Macaé voltando a se destacar no ramo de petróleo e energia, as vagas de emprego em diversos segmentos da cadeia produtiva voltaram a aparecer.
Além de grandes petroleiras multinacionais como a Shell Brasil e a PetroRio, a Petrobras anunciou um investimento de US$ 16 bilhões para revitalizar os campos maduros de petróleo da Bacia de Campos. O pacote anunciado estava previsto no plano de investimentos da companhia, de 2022 a 2026. (leia mais abaixo)
O aporte contempla as instalações de três novas plataformas e a interligação de mais de 100 poços, distribuídos entre os campos de Marlim e Roncador. De acordo com a companhia, esse é o maior projeto de revitalização da indústria offshore em todo o planeta.
Ainda em Macaé, uma empresa de recursos humanos iniciou na terça-feira (03) um processo seletivo para encanadores e soldadores com disponibilidade para atuar na Usina Termelétrica Marlim Azul 1, que pertence a joint ventura entre a Shell Brasil e Pátria Investimentos.
O processo seletivo já está sendo realizado. A empresa está aceitando currículos de todo o Estado do Rio de Janeiro, pois será oferecido alojamento. Serão um total de 100 senhas para atendimento. As entrevistas e testes serão realizados na Alameda do Açude, 830, Novo Cavaleiros, em Macaé.
MAIS VAGAS – Já a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda de Macaé anuncia vagas de emprego para trabalhadores na Bacia de Campos nas funções de caldeireiro/encanador (50), soldador TIG/ER (50), caldeireiro – masculino (24), montador de andaime – masculino (20) e técnico em mecânica (12), entre outros.
O descomissionamento de plataformas antigas deve gerar também empregos no setor. O Brasil tem 54 plataformas de produção de petróleo e gás com mais de 25 anos de existência.
Destas plataformas, 15 estão na Bacia de Campos que, nos últimos dez anos, vem registrando forte declínio em sua produção em função do amadurecimento dos campos da região e do foco da Petrobras no pré-sal da bacia de Santos.
O descomissionamento irá desmobilizar antigas plataformas de exploração de petróleo, que geram muitos gastos e têm baixa produtividade, e fará a recomposição ambiental no local.
Créditos: campos24horas.com.br