“Uma pastoral presbiteral do cuidado, não para o si, mas para o bem comum de todos”, com estas palavras o Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrerìa Paz, definiu a Missão da Pastoral Presbiteral da Diocese de Campos, que iniciou as atividades neste ano de 2023. Nesta sexta-feira (16/06), a Igreja celebra a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Vivemos também o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes. A Diocese de Campos iniciou neste ano os trabalhos de uma Pastoral que será responsável por oferecer aos presbíteros as condições necessárias para a sua própria realização humana e vocacional, ajudando-os na missão de configurar-se a Cristo Bom Pastor inserido no contexto social, junto ao povo. O Pe. Rogério Cabral Caetano, atual pároco da Paróquia de São Sebastião e Santa Filomena, na cidade de Varre-Sai, na região noroeste fluminense, é o responsável pelo início dos trabalhos que têm pela frente vários trabalhos, dentre eles a Casa do Padre.
De acordo com o Pe. Rogério, no último dia 3 de maio, quando aconteceu na cidade de Itaperuna, no Vicariato Noroeste, a reunião do clero, foi distribuído para as foranias às bases do estatuto de criação da pastoral presbiteral. O próximo passo será a retomada do assunto para discussão durante o retiro presbiteral que acontece entre os dias 17 a 21 do mês de julho. No encontro cada paróquia vai colaborar de acordo com as suas necessidades. “A construção da casa do padre tem objetivo de proporcionar um local digno para morar e viver, não apenas para os sacerdotes idosos, mas para todos. Os desafios são enormes. É necessário um trabalho conjunto do clero, das paróquias e do povo de Deus. O apoio conjunto pode fazer com que também o Fundo Presbiteral aconteça. A Casa Pe. Antônio Ribeiro do Rosário, será construída ao lado do Seminário Diocesano, mas será necessário acima de tudo o empenho de todos para essa construção”, disso o padre Rogério.
Para o Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco, cuidar do padre não é algo facultativo, é um dever e um direito. “A pandemia trouxe à bojo a vulnerabilidade dos padres no aspecto corporal e mental, mas com o foco no futuro. Nós temos uma grande quantidade de sacerdotes que irão envelhecer juntos, nós temos que ter esse cuidado com os sacerdotes. Ter alguém que cuide, que os acolha, um espaço deles. Nós vamos edificar esse espaço, mas que sejam lares, que o padre se sinta em casa, mas não apenas o idoso, mas todos serão acolhidos. Uma casa de convivência fraterna”, declarou Dom Roberto.
O Pe. Rogério afirma que a implementação dos dois pontos, considerados urgentes propostos pela Pastoral, será realizada de modo sinodal, onde com cada um dará a sua contribuição. “Celebramos o dia da jornada mundial de Santificação do Clero, queremos lembrar de cada padre. Os desanimados, abatidos, todos são importantes e rezamos pela nossa família presbiteral. A Casa do Padre e o Fundo Presbiteral é a vontade de nosso Bispo Diocesano, que tem dado todo incentivo e apoio”, finalizou o sacerdote. “Este projeto da Casa do Padre é um dos projetos. Entretanto, a Pastoral Presbiteral cuida do padre em todas as dimensões. Em dois anos foram 19 casos de suicídio, isso mostra que temos que acompanhar em todos os momentos, mas para isso precisamos cuidar da saúde mental, física e espiritual. Um padre não é uma máquina, às vezes perdemos essa perspectiva, o padre é um ser humano e quem deve acompanhar é a Pastoral Presbiteral. Além disso, a formação permanente, padres idosos, jovens, todos precisam de acompanhamento”, afirmou o bispo de Campos.
A Pastoral Presbiteral é a responsável por oferecer aos presbíteros as condições necessárias para a sua própria realização humana e vocacional, ajudando-os na missão de configurar-se a Cristo Bom Pastor inserido no contexto social, junto ao povo. Deve abranger os presbíteros seculares e os presbíteros religiosos que atuam nas paróquias e fazem parte do presbitério diocesano. “Haverá uma consulta no nível das foranias, em outros momentos. Todas as foranias deverão colaborar com o fundo Diocesano para colaborar com os trabalhos da casa. E também junto ao projeto da Casa, pagamento de Côngruas das paróquias menos favorecidas, em solidariedade interparoquial, por meio de um fundo diocesano, que já existe e foi criado durante a pandemia”, disse Dom Roberto.
A organização vai zelar pela saúde física, psíquica e afetiva do presbítero além de proporcionar os meios necessários para uma formação permanente nas dimensões comunitária, espiritual, humana, intelectual e pastoral.
