Um contrato para manutenção de 242 escolas e creches no ano de 2021, que saltou de R$ 8,5 para R$ 44 milhões, foi o principal assunto na sessão desta terça-feira (14) da Câmara Municipal de Campos, e suscitou requerimento da oposição com pedido de informação assinado pelos vereadores Rogério Matoso (DEM), Igor Pereira (SD), Anderson de Matos (Republicanos), Nildo Cardoso(PSL), Raphael de Thuin (PTB), Helinho Nahim (SD) e Marquinhos Bacellar (SD). O que surpreendeu foi a aprovação do requerimento por unanimidade pelos vereadores da bancada governista. (leia mais abaixo)
O líder do governo, vereador Álvaro Oliveira (PSD), liberou o voto dos vereadores da bancada e classificou os vereadores da oposição de “falsos profetas”. “O governo é transparente, o Ministério Público está acompanhando. Tanto que libero todos vereadores para votar de acordo com suas consciências. O processo é público, está disponível no portal da transparência, desde o último dia 18/08. No anexo cinco consta item por item, valor por valor do que vai ser licitado. Um pedido de informação se justifica quando uma informação é negada. Não joguem pra galera — argumentou. (leia mais abaixo)
Oliveira disse estranhar o posicionamento dos vereadores da oposição. “Eu estranho que alguns destes vereadores que já foram gestores públicos e secretários, e sabem como funciona um processo licitatório. Que durante o transcurso do processo cai muito o valor que é estimado. Ninguém fechou questão em R$ 44 milhões. Espera-se que os concorrentes tragam preços muito mais vantajosos”, destacou o líder do Governo. (leia mais abaixo)
O vereador Diego Dias (Podemos) rebateu as insinuações da oposição, afirmando que se trata de um registro de preços. “Trata-se de um registro de preços. No governo anterior pagava-se R$ 800 mil mês, mas não se sabia o que era feito. Agora só se pagará pelo serviço efetivado. E todos sabemos a situação como se encontram as escolas, todas depredadas e abandonadas. Não haverá como antes um pagamento aleatório sem saber especificamente quais serviços estarão sendo prestados’, afirmou. (leia mais abaixo)
Silvinho Martins (MDB) ponderou que não se trata apenas de trocas de portas e fechaduras nas escolas. “Vai ser preciso fazer obras de alvenaria. E tudo que for pago será entregue, se não for entregue não será pago”, acrescentou. (leia mais abaixo)
OPOSIÇÃO COBRA EXPLICAÇÕES – “Estamos falando de um contrato de licitação que saltou de R$ 8,5 milhões para R$ 40 milhões para troca de portas, pisos ou fechaduras, como chegou a fizer o vereador Diego Dias. É bom que se melhore esta justificativa’, disse Anderson de Matos. “Eu queria entender como a prefeitura chegou a um valor cinco meses maior para executar um mesmo serviço. Justamente quando a cidade volta ter mais recursos em royalties. Não podemos cometer os mesmos erros do passado”, questionou Rogério Matoso (DEM). (leia mais abaixo)
Nildo Cardoso tratou de confrontar números. “O vereador falou em R$ 800 mil mensais de gastos nestes serviços de manutenção nas escolas e creches no governo passado. Mas se multiplicarmos por 12 vezes teremos R$ 9,6 milhões por ano. Diferente de R$ 44 milhões”, rebateu. (leia mais abaixo)
“Nosso papel é esse, o de fiscalizar o por que do aumento de 450% do governo passado para este para reparos simples nas escolas e creches. Quantas escolas daria pra fazer 44 milhões?”, indagou Marquinhos Bacelar. (leia mais abaixo)