Concurso para PM do Rio será retomado após contratação da FGV como banca

Anúncio foi feito pelo governador Cláudio Castro

Foto: Divulgação.

O concurso para a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM) para o ingresso de 2 mil agentes será retomado após a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) como realizadora do certame. O anúncio foi feito pelo governador Cláudio Castro (PL), nas redes sociais.(Leia mais abaixo)

Ainda que o processo tenha passado por movimentações recentes, ainda não há previsão para a aplicação da nova prova objetiva. Um novo calendário será divulgado “em breve”, destaca Castro. A disputa para as vagas na PM teve 120 mil inscritos e, desde o dia da realização das provas objetivas, passou por meses de incerteza.

Primeiro, acusações de vazamento de questões, má administração do Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade) na prova e até flagrantes de candidatos fazendo uso de celulares levantaram uma chuva de críticas.(Leia mais abaixo)

Outro ponto foi a limitação de 10% que o concurso impunha para o ingresso de mulheres nas carreiras policiais. A questão foi ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o Estado do Rio efetuou um acordo para eliminar a restrição de gênero prevista no edital. Nesta semana, o STF validou o documento assinado com o governo estadual.(Leia mais abaixo)

Procurada, a FGV não se manifestou até o momento de publicação desta matéria.(Leia mais abaixo)

Como serão os trâmites após realização de nova prova?

O concurso para ingressar no Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar 2023 teve 119.541 candidatos inscritos, sendo 88.420 homens e 31.121 mulheres. Após a nova prova objetiva, os candidatos aprovados estarão aptos a participar da segunda fase: a prova escrita discursiva (redação).(Leia mais abaixo)

Segundo a PM, uma vez aprovado nas duas primeiras etapas, o candidato participará de outras sete fases, todas de caráter eliminatório: preenchimento do Formulário de Informações Confidenciais (FIC) do exame social e verificação dos requisitos para inscrição no concurso; exame antropométrico — medida das dimensões físicas de uma pessoa, considerando peso, altura e Índice de Massa Corporal (IMC) —; teste de aptidão física; exame psicológico; exames médicos; exame social e toxicológico; e avaliação documental.(Leia mais abaixo)

Queda de limite de gênero na Suprema Corte

O pacto do Estado do Rio com o STF foi firmado após a abertura de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra uma lei estadual do Rio de Janeiro que fixava um percentual de inclusão de mulheres. Em outubro, o ministro Cristiano Zanin suspendeu o andamento do concurso. Na ocasião, ele constatou que a restrição das vagas para mulheres afrontava princípios constitucionais da igualdade de gênero.(Leia mais abaixo)

Em novembro, quando o acordo foi firmado, o governador Cláudio Castro (PL) destacou a novidade sobre o concurso de soldado da PM na rede social X. “Uma das cláusulas do edital foi modificada, eliminando o limite de 10% das vagas para mulheres e estabelecendo que a classificação obedeça o critério de notas, independente do sexo do candidato”, escreveu.(Leia mais abaixo)

Em solo fluminense, nada definido

O Estado do Rio ainda tenta romper o contrato com a antiga banca do processo, o Ibade. No mês passado, a PM publicou, no Diário Oficial, o termo de rescisão unilateral com o instituto. O Ibade, no entanto, recorreu ao Ministério Público e o caso virou um imbróglio jurídico ainda sem resolução.(Leia mais abaixo)

Audiência pública tentou esclarecer denúncias

Em agosto, a Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou uma audiência pública para discutir possíveis irregularidades na aplicação da prova objetiva do concurso para admissão ao Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.(Leia mais abaixo)

O grupo da Casa Legislativa cobrou explicações da banca examinadora, o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade). Além disso, a comissão se prontificou a acompanhar as próximas etapas do concurso, que ainda não foram remarcadas. Contudo, a audiência foi finalizada sem grandes avanços a respeito da lisura da prova.(Leia mais abaixo)

Em agosto, o governado do Rio Cláudio Castro decidiu anular a prova objetiva do concurso da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), que oferece duas mil vagas para soldado. A aplicação da prova foi alvo de várias denúncias de fraudes. Segundo os participantes, havia candidatos utilizando celulares durante o exame.(Leia mais abaixo)

Denúncias

Os exames do concurso — organizado pelo Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade) — foram aplicados em mais de 120 locais da Região Metropolitana do Rio. Nas redes sociais, candidatos reclamaram da falta de estrutura nesses endereços, o que teria comprometido a segurança da seleção.

Segundo eles, em muitos locais não havia compartimento para guardar o celular, e candidatos chegaram a usá-los para fazer consultas. Vídeos e fotos dentro das salas de prova circularam na internet, assim como mensagens em grupos privados de candidatos admitindo a “cola”. Os inscritos no concurso também relataram atrasos na aplicação da prova e falta de detectores de metais.

Fonte: Extra

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