Postado por Fabiano Venancio e Paulo Renato Pinto Porto – Quando a situação do clima impõe ao mundo ingressar numa fase de utilização de novas fontes de energia, Campos também define seu posicionamento na vanguarda da transição energética a partir do encaminhamento de projetos para a produção de energia solar fotovoltaica com a previsão de instalação de cerca de 30 usinas que operam neste setor. A tendência é que o futuro Distrito Empresarial a ser instalado no município venha abrigar este parque energético, mas há outros projetos no campo do desenvolvimento econômico como uma planta de produção de fertilizantes e a implantação de polos de silvicultura com o plantio de 80 mil hectares de árvores em duas regiões do município. O secretário municipal de Desenvolvimento e Turismo, Mauro Silva, detalha os projetos em entrevista ao site Campos 24 Horas.
— O prefeito Wladimir Garotinho esteve com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinícius Farah, que falou da disposição do governo do Estado em criar distritos empresariais em alguns municípios polos. Nós já temos aqui o Distrito Industrial, da Codin, que precisa também ser revitalizado, mas o Distrito Empresarial abrange um mix mais amplo e diversificado de empresas, não apenas industrias, mas outras de tecnologia, transporte, logística e do setor de serviços. Neste contexto, as empresas de energia ocuparão espaço importante — disse Mauro Silva.
Nesta quinta-feira, Wladimir recebeu diretores da concessionária Enel, visando dar mais celeridade às negociações com as empresas de energia fotovoltaica (energia solar) que querem se instalar em Campos. Uma nova reunião está marcada para a próxima semana com a Prefeitura, Enel e os investidores das usinas de energia solar.
Segundo Mauro, o futuro Distrito Empresarial não tem ainda localização prevista. “A Marina Esteves, subsecretária de Desenvolvimento do Estado, esteve dois dias em Campos, onde fizemos um mapeamento para identificar possíveis áreas de localização, mas não vamos falar nisso agora para não gerar especulação”, afirmou.
Ainda no campo do desenvolvimento econômico, o município atua em outras frentes, como as tratativas para a instalação de uma fábrica de fertilizantes, que também estão sendo bem encaminhadas entre os gestores municipais, estaduais e investidores privados. “Estivemos também com o André Faria, um especialista em fertilizantes e agrobiotecnologia, e a proposta é fazer de Campos um polo de referência neste setor”, declarou.
Vinícius Farah, Marina Esteves e o diretor da Faperj, Maurício Guedes, visitaram instituições, órgãos e empreendimentos importantes para o desenvolvimento destes projetos no município, como o Parque Tecnológico e a Incubadora da Uenf, o IFF e o Porto do Açu. “Mostramos essas enormes potencialidades do nosso município, assim como a massa crítica de pesquisadores e sua produção em nossas universidades”.
Mauro também adiantou que, também em parceria com o governo estadual, Campos será sede de um dos polos de um programa de silvicultura, com projetos de reflorestamento em duas zonas de plantio. Outras regiões também contarão com esses polos, como o noroeste, o sul e o centro-norte fluminense.
Por fim, o secretário de Desenvolvimento e Turismo de Campos revelou que os projetos de reflorestamento nestas duas zonas de plantio serão implantados ainda neste segundo semestre, uma no norte e outra no sul do município, com um total de 80 mil hectares de plantio. “A produção irá atender a indústrias e empresas que demandam esta matéria-prima para a fabricação de seus produtos”, pontuou.