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Neuropsicopedagogia: importante na reabilitação cognitiva de crianças, adultos e idosos

A ciência transdisciplinar tem por objetivo compreender as funções cerebrais para o processo de aprendizagem

Foto: Divulgação.

A neuropsicopedagogia tem ocupado espaços cada vez mais significativos no Brasil. Com o objetivo de compreender as funções cerebrais para o processo de aprendizagem, e tendo suas atuações focadas na reabilitação e na prevenção dos eventuais problemas detectados em pessoas das mais diversas idades, essa ciência transdisciplinar tem participado do processo de evolução de crianças, adultos e idosos que apresentam defasagens ou outras questões cognitivas. (Leia mais abaixo)

 

O acompanhamento com um neuropsicopedagogo é indicado para pessoas de todas as idades com dificuldade de aprendizagem, transtornos de aprendizagem como dislexia, discalculia, transtorno de déficit de atenção (TDA), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e também pessoas do espectro autista. Através da aplicação de testes, escalas e levantamentos, os especialistas identificam as questões do paciente e encaminham um relatório ao médico com indicadores de possível transtorno ou não. (Leia mais abaixo)

 

Neuropsicopedagoga em Campos, Marcela Moreira, explicou como é feita a abordagem e o acompanhamento do paciente. “Geralmente, o paciente, seja ele de qualquer idade, vem por encaminhamento médico. Logo no primeiro contato, para conhecer sua individualidade, fazemos uma anamnese completa desse paciente, desde seu nascimento, passando por todas as fases da vida, prestando atenção em cada detalhe para então compreendermos as demandas existentes. Através de encontros semanais, realizamos levantamentos, fazemos testes e escalas para identificar se, de fato, há algum transtorno, ou se trata apenas de um atraso cognitivo. Ao direcionarmos se a suspeita inicialmente levantada se confirma ou não, encaminhamos relatório para o médico com um levantamento de hipótese, e indicamos a continuação adequada do tratamento para cada caso”, esclareceu. (Leia mais abaixo)

 

Sobre os casos de TDA ou TDAH, Marcela foi enfática ao dizer que os transtornos não são incapacitantes. O que os pacientes precisam é de meios para conseguir avançar. “Costumo dizer, de forma ilustrativa para que as todos entendam facilmente, que as pessoas que têm esses transtornos agem exatamente como se tivessem um motor de Ferrari instalado num fusquinha. Não dá para ser assim. Então, uma hora dá pane. Por isso a importância de ter o acompanhamento, do planejamento, das intervenções necessárias pensadas individualmente, porque conseguimos identificar as causas, trabalhar em cima disso e promover a reabilitação cognitiva, ajudando na evolução do paciente”, contou Marcela. (Leia mais abaixo)

 

Ela frisou a importância das pessoas compreenderem que não é possível fazer autoavaliação de nenhum dos transtornos existentes. “Sempre que houver qualquer suspeita, ela precisa ser confirmada ou afastada por um profissional. É impossível um pai ou responsável fazer essa avaliação e, com base nisso, entender que há um diagnóstico fechado. Pessoas com transtornos precisam de uma rede de suporte, tanto profissional quanto familiar”, salientou a especialista. (Leia mais abaixo)

 

No caso de pessoas idosas, dentre diversos outros fatores, a neuropsicopedagogia trabalha a reabilitação cognitiva em situações de dificuldade com a memória, atenção, foco, concentração. Já com crianças, podem ser trabalhadas questões relacionadas à dificuldade de aprendizagem, seja na escola ou quando os avanços não acompanham a idade, além da dificuldade de atenção, entre outros. A especialidade também tem como finalidade identificar nas emoções apresentadas pelos pacientes durante o acompanhamento a necessidade de um acompanhamento psicológico, por exemplo, para tratar o que houver de específico relacionado à área. (Leia mais abaixo)

 

Especificamente sobre o transtorno do espectro autista, cujo número de casos diagnosticados tem crescido em grande escala no Brasil, a neuropsicopedagoga explicou que esse aumento está diretamente ligado ao avanço da ciência. “Com certeza já tínhamos um número considerado de casos de autismo na década de 1990, 2000. Mas, esses casos eram tratados como retardo, por exemplo. Com o avanço da ciência, a compreensão mais ampla desse transtorno e dos métodos criados para fechar um diagnóstico, o número começou a ser revelado”, explicou Marcela. (Leia mais abaixo)

 

A neuropsicopedagogia busca contribuir para potencializar as habilidades cognitivas, emocionais e sociais, possibilitando o melhor desenvolvimento das intervenções dos aspectos cognitivos, linguístico e social da criança com transtorno do espectro autista. “O autista pode tudo! Dependendo do nível de suporte que ele tem, se consegue ou não realizar as atividades ou resolver as coisas sozinho. Os casos são muito diversos e exigem atenção e dedicação individualizada. Mas, sim, eles podem tudo”, defendeu. (Leia mais abaixo)

 

Marcela também é uma aplicadora ABA (Análise do Comportamento Aplicada), uma ciência natural em que táticas derivadas de princípios do comportamento são aplicadas sistematicamente para melhorar comportamentos socialmente relevantes. Suas experimentações são usadas para indicar as variáveis responsáveis pela mudança comportamental.

 

 

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