Representantes do Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), estiveram reunidos nesta quarta-feira (20), no auditório do Centro Administrativo José Alves de Azevedo (CAJAA), sede da Prefeitura. Com padrão de transmissão na fase laranja, devido a circulação dos vírus da dengue (sorotipos 1 e 2) e chikungunya simultaneamente, as autoridades em saúde mantiveram as decisões de ampliação do Centro de Referência de Dengue (CRD) com a instalação, ainda nesta semana, de containers para hidratação dos pacientes e a criação de um novo polo no Hospital Geral de Guarus (HGG). (Leia mais abaixo)
Também serão testadas novas tecnologias, como, por exemplo, um drone de pulverização de inseticida em áreas de difícil acesso, e segue em análise a contratação de agentes de combate às endemias. Essa última medida foi proposta na primeira reunião.(Leia mais abaixo)
O secretário de Saúde, Paulo Hirano, falou da importância desta segunda reunião e do envolvimento do Ministério Público e a Defensoria Pública, mais uma vez representados respectivamente pela promotora Maristela Naurath e a defensora Aline Barroco, além representante do Governo do Estado, através da coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/Rio), Sílvia Cristina de Carvalho, e dos outros segmentos do poder público.(Leia mais abaixo)
“Este movimento deve ser conjugado e passa pela conscientização e pelas ações que estamos desenvolvendo. Nesse sentido, eu cito dois grandes eixos: a prevenção, através do CCZ, onde iremos fazer testes com drones em áreas maiores do município, e a assistência, onde já temos grandes avanços e que, até o momento, não há nenhuma confirmação de óbito por dengue. Isso é muito importante, pois mostra que estamos bem estruturados no sentido de assistir a nossa população. Estamos trabalhando para aumentar o espaço no CRD, que tem um fluxo muito grande de pacientes. Vamos melhorar a assistência também no HGG, que é um grande polo de busca por atendimento, por conta da hidratação. A unidade já está recebendo, inclusive, algumas poltronas do Estado, além de alguns insumos, para que possamos iniciar esse suporte. Lembrando que não é simplesmente colocar uma cadeira, que precisamos de uma equipe funcional para fazer essa estrutura, para melhorar essa assistência e, de qualquer maneira, avançar e assistir melhor os pacientes”, apontou o secretário.(Leia mais abaixo)
Segundo o subsecretário de Vigilância Epidemiológica (SUBVS), Charbell Kury, o diagrama de controle, instrumento criado pelo Estado, mostra uma certa tendência à estabilização da dengue, inclusive na Região Norte, embora ainda haja elevação casos de dengue. “O número de casos é alto, porém não é tão assustador como já vivemos no passado. Campos teve uma subida vertiginosa em fevereiro e março aponta para uma possível estabilização, assim como outros municípios”, destacou o subsecretário ao apresentar os dados que somam 4.774 notificações até o momento. A distribuição das notificações por mês é 834 em janeiro, 2.466 em fevereiro e 1.425 em março. Também foram registradas 172 internações, sendo que já ocorreram 129 altas.(Leia mais abaixo)
Outro ponto de observação do especialista foi para a chikungunya. “Devemos nos atentar ao diagnóstico da chikungunya, pois ela é uma preocupação no momento”, disse. No município já são 117, sendo 46 em janeiro, 48 em fevereiro e 23 em março.(Leia mais abaixo)
TRABALHO CONJUNTO
A defensora pública, Aline Barroso, destacou a importância da união de órgãos do poder público para lidar com a epidemia e parabenizou o trabalho que a Prefeitura vem executando na tentativa de frear o avanço da dengue no município, principalmente nos quais ela vem atuando junto à Procuradoria Geral do Município. Ela reconhece o trabalho das equipes de vigilância, ressaltando a necessidade constante de capacitação e educação dos profissionais que atuam na área.(Leia mais abaixo)
“Tenho certeza que as equipes de vigilância têm atuado fortemente para evitar o avanço do número de casos. Em relação à equipe de saúde, tudo vem sendo muito bem coordenado e a atuação desse gabinete de crise tem sido muito positiva e a gente espera que, para além da atenção para esse momento agudo, sejam estabelecidos frutos que sejam perenes para que se evite que essa situação de crise se repita por outros anos. Estamos à disposição para colaborar com o município e, também, para receber a população na Defensoria Pública. Fazemos atendimentos presenciais e pelo número 129, para eventuais denúncias”, destacou a defensora pública.(Leia mais abaixo)
Mais uma vez a promotora de Tutela Coletiva Maristela Naurath reforçou que a população precisa estar consciente sobre a responsabilidade individual e coletiva em relação à limpeza e higiene de seus imóveis, visando a prevenção de doenças e possíveis criadouros do Aedes aegypti. “Um dos principais pontos, com certeza, é a limpeza no interior dos imóveis e a observação de algum local que também esteja com acúmulo de lixo, pois isso coloca em risco a saúde de toda a coletividade. É importante que as pessoas utilizem os PEVs para o descarte correto de entulhos, e que seja informado tanto à Prefeitura, como ao Ministério Público, pelo número 127, caso encontre algum ponto com acúmulo de materiais”, orientou.(Leia mais abaixo)
O diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Carlos Morales, falou sobre a expectativa de incluir o drone nas ações de controle. “Temos muitas casas fechadas e abandonadas na cidade, terrenos baldios, então vamos testar o drone e se der certo vamos implementar em toda cidade. Independente disso, seguimos atuando com toda nossa infraestrutura, agentes, com carros fumacê e ações integradas”, disse.(Leia mais abaixo)
Essa foi a segunda reunião do Gabinete de Crise da Dengue e outras Arboviroses, instituído pelo Decreto Municipal nº 36 de 1º de março de 2024, ocasião em que foi decretada epidemia de dengue no município. As reuniões acontecem a cada 15 dias, no formato híbrido.(Leia mais abaixo)
Também estiveram presentes na reunião o diretor de Vigilância em Saúde, Rodrigo Carneiro; diretor do CRD, Luiz Jose de Souza; o subprocurador geral do Município, Gabriel Rangel; o subcoordenador do Programa de Controle de Vetores, Sílvio Pinheiro; e a secretaria de Limpeza Pública, Simone Muniz.