Se o reencontro antes da hora entre Flamengo e Palmeiras teve cara de final antecipada, a atuação rubro-negra com vitória por 2 a 0 na primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil desmistificou o equilíbrio recente do confronto. Em um Maracanã lotado e empurrado por 64 mil pessoas, o Flamengo sobrou no duelo de quem tinha mais talentos e mais pernas diante da maratona recente após a Copa América. Com gols de Pedro e Luis Araújo, ambos no segundo tempo, abriu vantagem considerável no mata-mata, com direito a uma imposição de jogo que o faz carregar tranquilamente o favoritismo para a partida de volta, em São Paulo, na semana que vem.(Leia mais abaixo)
Por se tratar de uma decisão em ida e volta, só será possível indicar quem teve a melhor estratégia no final. Mas no primeiro embate, o Flamengo não economizou em dedicação, enquanto o Palmeiras pareceu preocupado em se defender para resolver a classificação em casa. Antes de saber quem fica com a vaga nas quartas de final, os dois times terão compromisso pelo Brasileiro no fim de semana, com chance de pouparem vários atletas.(Leia mais abaixo)
Sem pensar nisso, o Flamengo entregou tudo. Diante de sua torcida, a equipe de Tite imprimiu ritmo alucinante, representado pela disposição de Ayrton Lucas e Cebolinha no início, e de Luis Araújo no fim. Foi pelo lado esquerdo que surgiram as oportunidades de gol. Mas o Flamengo criava também com Gerson, Pulgar, De La Cruz, Arrascadeta, em um meio-campo sólido e talentoso. Distribuía o jogo de dentro para fora, para depois buscar a área, de onde também teve inúmeras chances.(Leia mais abaixo)
O grande problema seria o Flamengo manter a intensidade. Ela custou, mais cedo do que o esperado, a saída de Cebolinha, com dores musculares. O atacante era um dos atletas desgastados pela sequência de jogos. Ciente da rotação do adversário, o Palmeiras adotou postura defensiva. Abel Ferreira chegou a agachar na beira do campo e apenas observar a equipe segurar o Flamengo, sem tantas orientações. Parecia ter em mente uma estratégia para os 180 minutos. Com a defesa toda atrás da linha da bola, e sem Estêvão, lesionado, apenas Rony puxava o time para frente. Em uma troca de passes erradas do Flamengo, o Palmeiras provocou a sua única jogada de perigo do primeiro tempo.(Leia mais abaixo)
A partir da metade da etapa inicial, o jogo já teve um ritmo mais cadenciado, também em função das muitas faltas para parar as jogadas, de parte à parte. O excesso de demora do Palmeiras para dar prosseguimento ao jogo irritava a torcida e todo o banco rubro-negro, o que motivou discussões entre as comissões técnicas do lado de fora. Os dois times passaram a reclamar de todas as abordagens do árbitro, que parou o jogo a todo momento e prejudicou a sua qualidade. A partir daí, descanbou para o pontapé, e houve distribuição de cartões amarelos.(Leia mais abaixo)
Na etapa final, o cenário se manteve, com menos correria. Mas os minutos iniciais já mostraram um Flamengo com o mesmo apetite. Sem mudanças além de Luiz Araújo na vaga de Cebolinha, a equipe subiu a pressão e assustou com finalização de Arrascaeta. O Palmeiras, que não mexeu, se mantinha recuado, sem dar sequência nas jogadas de ataque. De tanto insistir, fez-se a justiça. Pulgar esticou bola nos pés de Gerson, entre as linhas, e o meia abriu com Luis Araújo. De primeira, o ponta encontrou Pedro, que empurrou para rede.(Leia mais abaixo)
Depois do gol, o Flamengo praticamente pregou no chão, sem pernas. O Palmeiras tentou se aproveitar para enfim sair ao ataque. Mas se limitou a levantar bolas na área. Em um contragolpe fatal, Luis Araújo ampliou. O atacante, com estrela, por pouco não fez o terceiro para o delírio da Nação.
Fonte: Extra
