Educação vai publicar livro com experiências de professores da rede municipal

O Departamento Pedagógico vai iniciar busca ativa da produção de artigos dos educadores sobre a prática docente, cujos trabalhos estão ajudando na qualidade do ensino e auxiliando os estudantes a vencerem barreiras

Foto: Divulgação.

A Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) vai publicar um livro com as experiências exitosas de professores da rede municipal de ensino. Para isso, o Departamento Pedagógico vai iniciar, em breve, uma busca ativa da produção de artigos dos educadores sobre a própria prática docente, cujos trabalhos estão ajudando na melhoria da qualidade do ensino em Campos e auxiliando os estudantes de diferentes anos de escolaridade a vencerem as barreiras no processo de ensino-aprendizagem, sejam eles alunos típicos ou atípicos.(Leia mais abaixo)

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De acordo com a secretária Tânia Alberto, as primeiras convidadas para participarem da obra serão Luciana Maraia, Franscislaine Cavichini e Luciana Marques, três educadoras premiadas na etapa municipal do Prêmio Magda Soares: Transformando Vidas pela Leitura, cuja cerimônia de premiação ocorreu no dia 6 de junho deste ano, na Escola de Formação de Educadores Municipais (Efem).(Leia mais abaixo)

 

Na ocasião aconteceu a culminância das ações desenvolvidas no município, com premiação dos três professores com melhor performance. A medida integra as ações do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, no que tange à operacionalização das implementações no território da rede municipal de ensino.(Leia mais abaixo)

 

“Maraia atua na rede municipal de ensino há 21 anos e leciona na Escola Municipal Doutor Francisco Manoel Pereira Crespo, no Parque Santos Dumont. Ela conquistou o 1º lugar na etapa municipal e passou a representar o município também nas etapas regional e estadual, com o projeto Cartografia Social, utilizado como forma de linguagem representativa, pensando na questão da alfabetização como desenvolvimento social”, explicou Tânia.(Leia mais abaixo)

 

Edda Barreto, servidora da rede municipal, escritora, professora de Letras e de Inglês, além de oficineira, analisou os trabalhos das três premiadas. Segundo ela, o trabalho de Maraia é interessante porque não se deteve ao sistema alfabético, foi além, apresentando uma linguagem cartográfica, em que os alunos utilizaram a web e o recurso dos tablets.(Leia mais abaixo)

 

“Ela trouxe a realidade para ser discutida em sala de aula, no que se refere a questões relacionadas ao entorno escolar, em específico os perigos da BR 101, levantando soluções. Desse modo, houve o favorecimento da leitura crítica do ambiente social, usando recursos tecnológicos, abordagem multidisciplinar entre leitura imagética, escrita e geografia e, para além disso, trouxe a leitura de mundo e o protagonismo dos discentes. Trabalho rico e inovador”, considerou Edda.(Leia mais abaixo)

 

Franscislaine Cavichini, da Escola Pequeno Jornaleiro, no Centro, apresentou o sussurrofone como recurso para potencializar a consciência fonológica e seus níveis, inserindo o aluno no contexto da alfabetização e do letramento, através de estratégias multimodais e de portadores de texto, que vão possibilitar a construção da leitura e escrita de forma competente.(Leia mais abaixo)

 

“Neurocientificamente, a consciência fonológica se destaca como linha de alfabetização, o que conferiu destaque também a esse trabalho da Francislaine. Ressalta-se, ainda, que a autora trouxe casos reais de inclusão em seu relato, tornando o sussurrofone um recurso motivacional e uma estratégia de engajamento”, destacou Edda.(Leia mais abaixo)

 

Já a proposta de Luciana Marques, da Escola Jacques Richer, em Campo Novo, apresentou novas estratégias para transformar a realidade educacional em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA).(Leia mais abaixo)

 

Como fundamentação teórica, ela embasou seu trabalho na fonoaudióloga Renata Jardini, propondo a utilização do Método das Boquinhas, que estimula tanto crianças típicas quanto neuroatípicas com essa abordagem multissensorial, que é sucesso na alfabetização. Fez menção dos quatro pilares da educação para construção da cidadania, sendo esse projeto aplicável em qualquer realidade. Destaque para a utilização de jogos diversificados e de leituras divertidas, uso de fantoches e mais: o entrelaçamento entre família e escola, o intercâmbio entre os alunos, garantindo a qualidade dessa proposta.(Leia mais abaixo)

 

“Temos muitas práticas de sucesso em nossa rede. Essas três educadoras são apenas um pequeno fragmento disso tudo e faremos uma publicação oficial com os resultados dessas práticas exitosas. Que vocês sejam o start para contaminar os demais educadores. Não é só promover a emancipação pela alfabetização, mas aumentar a capacidade de aprender com outras visões. Não é apenas ensinar a ler e escrever, mas ensinar a estar preparado para tudo que nossos alunos têm potencial para aprender. Queremos, com essa publicação, ajudar os nossos professores a serem mais pesquisadores e menos intuitivos”, declarou Tânia Alberto.

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