Diagnóstico e tratamento da tuberculose em Campos

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Aconteceu, nessa terça-feira (23), no auditório do Conselho Municipal de Saúde, uma reunião entre o grupo técnico de tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Campos dos Goytacazes para a elaboração dos diversos fluxos que deverão nortear a implantação da descentralização da linha de cuidados da doença. No ano de 2023, Campos notificou 582 casos. (Leia mais abaixo)

 

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa de transmissão aérea causada pelo Mycobacterium tuberculosis e permanece sendo um desafio à saúde pública mundial, e o seu crescimento se dá pela dificuldade de adesão e continuidade do tratamento. O Brasil é um dos países com alta carga dessa doença e enfrenta dificuldades para controlar esse agravo. Tais dificuldades contribuem para a “reemergência da TB como um grave problema de saúde pública”, e se relacionam tanto com os aspectos do tratamento, dos serviços de saúde, bem como às inúmeras situações de vulnerabilidades presentes no contexto de vida de determinados grupos populacionais: População em Situação de Rua (PSR), Pessoa Vivendo com HIV/Aids (PVHA), População Privada de Liberdade (PPL) e pessoas que convivem com extrema pobreza. (Leia mais abaixo)

 

‌A descentralização visa ampliar o acesso da população vulnerável com maior risco de adoecimento (e da população em geral), viabilizando o atendimento, que inclui consulta, exames e medicamentos, o mais próximo de sua residência, para o controle dessa doença. Até o momento, os casos são tratados na sede do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, que funciona ao lado do Hospital Geral de Guarus (HGG). (Leia mais abaixo)

 

Inicialmente, a descentralização ocorrerá em 19 Unidades Básicas de Saúde, com planos para expansão futura, conforme o plano operacional proposto pelo município. De acordo com o subsecretário de Atenção Primária da Secretaria de Saúde, Benedito Martins, a pretensão é que o atendimento descentralizado comece a funcionar a partir de agosto. (Leia mais abaixo)

‌“Nesta primeira fase, teremos o foco na busca ativa pelos Agentes Comunitários de Saúde, dos

 

“Sintomáticos Respiratórios”, que são os pacientes que apresentam tosse por mais de três semanas. Esses pacientes serão avaliados pelas equipes das Unidades de Saúde para investigação, diagnóstico e tratamento. Serão submetidos ao exame para detecção de Tuberculose Pulmonar e, se positivos, iniciarão o tratamento. Nesses casos também será realizada a avaliação dos seus contatos, na tentativa de identificar pessoas que estejam com a doença ou em processo de adoecimento, para que seja realizada a intervenção”, explicou Benedito. (Leia mais abaixo)

 

‌O subsecretário acrescentou ainda que “com a descentralização da linha de cuidados da tuberculose para a Atenção Primária à Saúde, vamos oportunizar o atendimento integral desses pacientes num local mais próximo de seu domicílio, pois, além da dificuldade pela distância em chegar à sede do Programa Municipal de Controle à Tuberculose, os pacientes têm dificuldade de finalizar o tratamento por causa de efeitos colaterais dos medicamentos utilizados, pela incapacidade funcional que a doença propicia, dificultando o sustento da família, pelo próprio preconceito pela doença. De acordo com o subsecretário, o tratamento dura aproximadamente seis meses, podendo se estender a nove meses em alguns casos”, completou. (Leia mais abaixo)

 

‌A enfermeira apoiadora e monitora da Secretaria de Estado de Saúde (SES) das ações de tuberculose no município de Campos dos Goytacazes, Ana Cristina de Oliveira e Silva, afirma que a cidade avançou no acesso ao diagnóstico da doença, descentralizando os cuidados para as UBS e disponibilizando o Exame de Teste Rápido Molecular, para confirmação dos casos suspeitos. (Leia mais abaixo)

 

‌“É essencial que as pessoas reconheçam os sintomas da doença, busquem atendimento nas unidades básicas e estejam cientes da transmissão aérea da tuberculose, porque a doença é transmitida de uma pessoa para outra, pela tosse, fala ou espirro. Dessa forma, uma pessoa com tuberculose pode contaminar entre 10 e 15 pessoas, sobretudo aquelas que estão na mesma residência ou que trabalham diariamente com esse doente”, salientou.

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