O Mosteiro de São Bento, na Baixada Campista, cuja construção remonta a chegada dos monges beneditinos a Campos em 1648, foi um dos patrimônios históricos visitados pela comissão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), nessa quinta-feira (25). Os representantes da Unesco estão na região para avaliar o Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro, que compreende 16 municípios no litoral do estado, na Costa do Sol e na região da Costa Doce, que vai de Maricá até São Francisco de Itabapoana (SFI). (Leia mais abaixo)
Aprovado inicialmente como Aspirante, o Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro poderá se transformar em Geoparque Mundial do Brasil. Encerradas as visitas, a comitiva irá elaborar um relatório a ser encaminhado à Unesco para decidir se o Geoparque Aspirante ganhará reconhecimento internacional, se tornando Geoparque Mundial do Brasil. A divulgação do primeiro resultado, com base no relatório, está prevista para setembro deste ano. Já o resultado final deverá sair em abril de 2025. (Leia mais abaixo)
Os representantes da Unesco, o mexicano Miguel Angel Cruz Perez e o português Artur Sá, conheceram o Mosteiro, que é formado pela Igreja, residência e cemitério. Eles estavam acompanhados da professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) Maria da Glória Alves, que integra a assessoria científica e compõe o Conselho Gestor como coordenadora da Câmara de Educação e Cultura do Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro. (Leia mais abaixo)
Também estavam presentes a coordenadora do projeto, professora Kátia Mansur, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o subsecretário municipal de Turismo, Edvar Chagas Júnior, a técnica de geoprocessamento da Subsecretaria Municipal de Meio Ambiente, Miriam Viana Alves, dentre outros. (Leia mais abaixo)
Na região de Campos, segundo a professora Maria da Glória, o Geoparque inclui, além do Mosteiro, locais como o Farol de São Tomé; a Pedra Lisa, em Morro do Coco; as Cachoeiras do Imbé, Lagoa de Cima e os sedimentos da planície de inundação do Rio Paraíba do Sul. “Além de Campos, a comitiva irá a São João da Barra e depois de barco para São Francisco do Itabapoana, onde vão conhecer as Falésias da Formação Barreiras, entre as praias de Lagoa Doce e Guriri, o mangue de Gargaú, entre outros”. (Leia mais abaixo)
Já a professora Kátia Mansur disse que a expectativa pela certificação internacional como Geoparque Mundial é grande. “Nossa expectativa é sempre a melhor, porque a gente trabalhou, está trabalhando e vai continuar trabalhando pelo melhor, independentemente do resultado. Estamos mostrando para eles o que a gente tem, com muita honestidade e carinho, porque são coisas incríveis que temos na nossa região”. (Leia mais abaixo)
O português Artur Sá explicou que a função deles é observar o trabalho que foi feito e conversar com as pessoas. “Apesar de sermos designados como avaliadores, essa não é a nossa tarefa. Nós faremos um relatório para reportar tudo aquilo que vimos. E o que vimos foi um potencial muito grande no território visitado até então”, disse ele, ressaltando que a união de duas regiões, a Costa do Sol e a Costa Doce, em prol de um mesmo objetivo, merece ser destacada. (Leia mais abaixo)
“São duas regiões unidas, que não estão competindo uma com a outra, porque esse não é o objetivo do Geoparque. Ele traz um desenvolvimento territorial sustentável, onde o mais importante são as pessoas. Por isso, dizemos que um Geoparque é feito com pessoas para as pessoas”, afirmou.
Para o subsecretário de Turismo, Edvar Chagas Júnior, a certificação vai gerar oportunidades socioeconômica e ambiental para toda a região. “Esperamos que Campos e os demais municípios atendam aos critérios exigidos para o credenciamento pela Unesco”.