(Vídeo ao final da página) – O que inicialmente parecia uma tentativa de invasão, na verdade foi um ato de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), início da manhã desta segunda-feira (07/04), na frente da antiga da usina Sapucaia, em Campos. A finalidade, segundo os manifestantes, é fazer com que o Governo Federal agilize o processo de adjudicação de terras que tramita no Incra e destiná-las à reforma agrária e ao assentamento de famílias. (Leia mais abaixo)
O ato bloqueou a entrada da usina, que atualmente é arrendada à Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), que emitiu uma nota (abaixo) na qual frisou que “respeita a liberdade de expressão”, mas “repudia o bloqueio irregular de área produtiva”. A primeira tentativa ocorreu no dia 10 de fevereiro passado (Aqui), mas durou pouco tempo, visto que a Justiça determinou a reintegração e manutenção de posse da fazenda.
Há um grande número de policiais militares nesta manhã no local. Não há informações sobre confrontos entre os integrantes do MST e os agentes. Uma foto aérea obtida pelo Campos 24 Horas mostra cerca de 100 pessoas no local. Já o MST informa que havia 500 famílias no ato. (Leia mais abaixo)
As entidades do setor produtivo de Campos e a Câmara de Vereadores chegaram a emitir notas em fevereiro, repudiando o que chamaram de “invasão das terras” da fazenda, que são produtivas. A reportagem do Campos 24 Horas acompanha o caso. Vídeo e nota da Coagro abaixo:
NOTA À IMPRENSA – A COAGRO informa que acompanhou a ação promovida por um pouco mais de 60 integrantes do MST na manhã desta segunda-feira (7), no acesso à Sapucaia, em Campos dos Goytacazes. (Leia mais abaixo)
A cooperativa respeita o direito à livre expressão, mas repudia qualquer tentativa de invasão, ocupação ou bloqueio irregular de áreas produtivas. Ações desse tipo colocam em risco a atividade agrícola, ameaçam empregos e comprometem a segurança de trabalhadores, que atuam de forma regular e legítima. A COAGRO lamenta ainda que o ato tenha impedido o direito de ir e vir de moradores locais, além de impactar serviços e o comércio da localidade.
A COAGRO reúne mais de 10 mil pequenos produtores cooperados e gera cerca de 3 mil empregos no Norte Fluminense. As terras objeto de disputa pelo movimento são produtivas, arrendadas legalmente em processo judicial em 2013 pela COAGRO e subarrendadas a produtores cooperados. (Leia mais abaixo)
São famílias de produtores cooperados que vivem do trabalho no campo e que contribuem para o desenvolvimento de Campos, da região e do Estado do Rio de Janeiro.
A COAGRO reafirma o seu comprometimento com o desenvolvimento do setor e o respeito à lei, destacando a sua confiança nas instituições e autoridades.