Postado por Fabiano Venancio – Abril é o mês da Conscientização Mundial do Autismo. O tratamento dos transtornos do espectro autista está em constante evolução, com pesquisas e descobertas recentes que ajudam a melhorar o diagnóstico e a recuperação na busca da autonomia e independência dos pacientes. Em Campos, os avanços também são palpáveis, por conta do trabalho das instituições que se soma à política desenvolvida pela Prefeitura em prol das pessoas que enfrentam o TEA, que é um transtorno do neurodesenvolvimento que tem padrão de comportamentos repetitivos e dificuldades na interação social. Naira Pessanha, presidente da Apape (Associação de Pais de Pessoas Especiais), referência no tratamento e que assiste a 400 pessoas, a maioria de crianças, falou ao Campos 24 Horas. Ela admite as conquistas que têm contribuído para atender a uma demanda cada vez mais crescente. Vale ressaltar que, além da Apape, há também a APAE e APOE que tratam de pessoas com TEA no município. (Leia mais abaixo)
“Graças à parceria forte que temos com a Prefeitura, continuamos com um amplo leque profissionais e serviços como pedagogia, fisioterapia, equoterapia, psicoterapia, nutricionista, educação física, esportes, atividades lúdicas, neuropsicólogo, musicoterapeuta, fonoaudiólogo, psicomotricidade, arte e terapia, entre outras”, enumerou Naiara
Além dos cuidados de uma equipe multidisciplinar, a participação da família é também fundamental, avalia Naira (Leia mais abaixo)
“A família é fundamental porque ela entende melhor o seu filho em suas singularidades. Quanto mais ampliarmos as condições deles em cuidar de seus filhos, vamos minimizando as dificuldades, tanto mais rápido será o êxito para que a criança ganhe autonomia, inclusão e independência”, explica.
A presidente da Apape só espera a reabilitação de uma parceria com o governo estadual para o tratamento de 100 pacientes que ficaram sem cobertura. (Leia mais abaixo)
“Estamos buscando reabilitar este convênio junto à Casa Civil e à Subsecretaria Estadual de Políticas Inclusivas para que não haja descontinuidade do tratamento”, disse Naira.
A constatação da evolução pode ser comprovada na prática pela inserção de muitos deles em competições esportivas, nas escolas e no mercado de trabalho. (Leia mais abaixo)
“Na área do esporte temos muitos que participam de olimpíadas, assim como os que estão matriculados no IFF ou na Faetec. Na Fundação CDL temos os que conseguiram colocação em empresas”, enfatizou.
O tempo é importante na aquisição da necessária inclusão. “Quanto mais tarde se iniciar o tratamento, mais difícil se torna em conseguirmos êxito em sua inclusão, autonomia e independência”, ressaltou. (Leia mais abaixo)
APOIOS – “A vida pode se abrir para as pessoas se na primeira infância elas forem beneficiadas”, acrescenta. Além do apoio e parceria com o poder Público, as entidades buscam apoio junto à iniciativa privada.
Naira Pessanha destaca ainda que há esforços para a captação junto a empresas que podem fazer doações e terão desconto no Imposto de Renda. (Leia mais abaixo)
Até 2007, a involução no tratamento a pessoas com espectro autista era uma realidade. “Não havia o correto tratamento e assistência. Era algo desumano. Pacientes eram enclausurados em um manicômio como pessoas agressivas e que representavam um risco à sociedade”.
Até que em 2007, frisou Naira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu a necessidade de políticas públicas para o desenvolvimento de um tratamento humanizado, a partir da criação do Dia da Consciência Mundial do Autismo, no dia 02 de abril daquele ano.